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Jornalista, já pensou em falar mais sobre educação?
"Pautas que exploram a situação nas escolas e universidades do Brasil vêm ganhando mais espaço na imprensa, especialmente neste novo governo"
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Ao pensarmos em exemplos de editorias de jornal, normalmente nos vêm à mente temas como política, esporte, economia e cultura. Provavelmente isso se deve ao fato de que esses tendem a ser justamente os assuntos de maior interesse dos leitores e da população em geral. Isso leva muitas pessoas a esquecerem da existência de outras editorias e assuntos que podem ser encontrados nos jornais. Um deles é a educação.

Talvez, ao se deparar com jornalismo de educação, você imagine que ele se resume a matérias como o resultado do ENEM, o tema da redação do vestibular de alguma universidade federal, uma nova publicação do Ministério da Educação, entre outros assuntos nessa linha. De fato, a editoria de educação é responsável por falar sobre esses assuntos, mas há muito mais área de atuação dentro dela.

O jornalista que trabalha com educação também tem a possibilidade de fazer reportagens sobre assuntos como a precariedade de determinadas escolas, o desempenho dos alunos, o índice de evasão escolar, o investimento em educação que é feito no Brasil em relação a outros países, entre outros temas. Dependendo do assunto da reportagem que estiver sendo produzida, o setorista de educação precisa ter entendimento sobre estatística, análise de dados, gestão financeira e até sobre como conseguir entrevistar crianças.

Para saber mais sobre essa editoria e a atuação do comunicador dentro dela, o Mescla conversou com dois especialistas. Antônio Gois é colunista de educação do jornal O Globo. Já recebeu vários prêmios por suas reportagens sobre educação, e é presidente da Associação de Jornalistas de Educação (Jeduca), entidade que busca criar uma rede de contato entre comunicadores que trabalham com essa editoria para prestar qualquer auxílio necessário. Angela Chagas é diretora da Jeduca e doutoranda em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Foi comentarista de educação da Rádio Gaúcha e editora digital da GaúchaZH. Cobre o tema desde 2010, quando começou no portal Terra. Foi vencedora dos prêmios Estácio e TCE-RS de Jornalismo por reportagens sobre educação.

Recentemente, os dois jornalistas estiveram na Escola Superior de Advocacia da OAB/RS, em Porto Alegre, para ministrar a oficina “Financiamento: os desafios do fim do FUNDEB”, que integrou o II Simpósio Nacional de Educação. Assim que a oficina foi encerrada, fizemos uma entrevista com eles para aprendermos mais sobre a editoria de educação no jornalismo.

Confira a conversa com os jornalistas.

O jornalismo de educação não parece possuir tanta visibilidade quanto outras editorias. Vocês concordam com essa percepção?

Angela: No geral, eu acho que a gente precisa, sim, de mais espaço para reportagens de educação. A gente ainda tem uma cobertura jornalística muito focada nas pautas de política, economia e a área de segurança pública, mas eu acho que o jornalismo de educação tem conquistado espaço, principalmente nos últimos anos, com maior interesse dos próprios jornalistas pela cobertura da área. Eu acredito também que um pouco do destaque que a área vem assumindo está nas políticas públicas. O governo federal, principalmente, pauta bastante a questão da educação com programas e políticas. Agora, inclusive, no governo Bolsonaro, a gente tem falado muito de educação. Inclusive quando a gente aborda os cortes de recursos para o ensino superior, a gente está falando de educação. E os jornalistas têm feito um trabalho de propor um debate mais aprofundado sobre o tema, por exemplo, o porquê desses cortes e quais os reflexos dele. O jornalismo de educação precisa de mais espaço, mas acho que a gente já avançou bastante.

Antônio: Eu concordo com a Angela. Ao meu ver, poderia ser feita uma pesquisa que olhasse nos arquivos históricos dos jornais para ver que tipo de espaço era dado para a educação e que tipo de abordagem já foi realizada. Quando eu converso com jornalistas mais experientes, que cobriram educação, às vezes eles falam com um saudosismo “ah, porque na minha época o jornal falava mais de educação”, mas quando pergunto sobre que tipo de educação se falava, eles respondem que faziam cobertura de universidades, de vestibular. Isso me faz desconfiar que um jornalismo com essa ênfase em educação que temos hoje não existia. O jornalismo tem um papel não só de estar à frente da sociedade, mas também de ser um reflexo dela. Então, como a Angela disse, a sociedade passou a valorizar mais a educação. Não como a gente gostaria ainda, mas vemos mais gente falando de educação. Empresários passaram a ser atores neste cenário, o que não eram há 20 anos. Você não tinha fundações vinculadas a empresas, a grandes conglomerados, com pautas educacionais. Você tinha projetos aqui e ali. O papel do jornalista, primeiramente, é se qualificar para cobrir melhor esse cenário, com essa nova lente. Não é só olhar. A gente sempre fez muita matéria de acesso, como falta de creche, fila de pais não querendo matricular os filhos numa escola, entre outros assuntos. Mas, quando você vai olhar para a aprendizagem, aí é muito mais complexo. Exige de nós, jornalistas, outras ferramentas que acho que a gente não tem. E é por isso que criamos uma associação de jornalistas de educação. Para entender esse ambiente do aprendizado, é necessário ter um conhecimento mais sofisticado do que um conhecimento para saber, por exemplo, quantas crianças estão fora de creche. E as crianças que estão na escola, elas estão aprendendo? Como a gente vai medir essa aprendizagem? Como melhorá-la? Então, isso é um pulo que eu acho que a gente ainda precisa dar. Mas fica quase que um pedido, que vocês estudem a cobertura da educação nos jornais de antigamente e as principais transformações na editoria. Eu vi alguns estudos acadêmicos sobre isso, mas acho que a gente ainda fala muito na base do “achismo”. Até fui entrevistado para um desses estudos, mas quando vi era uma tese baseada muito na opinião das pessoas. Eu queria que alguém fosse atrás dos arquivos históricos para checar se havia mais cobertura de educação no passado, e que cobertura era essa. Minha hipótese é que não tinha, e que a cobertura era muito focada no acesso, não se falava tanto no aprendizado.

Quais conhecimentos específicos um jornalista focado em educação precisa ter, que o diferencie dos profissionais que trabalham com as outras editorias?

Angela: Vou falar um pouquinho da minha experiência. Eu fiz jornalismo para ser jornalista de política, aí a oportunidade que surgiu pra mim foi para trabalhar como repórter de educação. E eu tive um susto inicial, porque eu não fiz a faculdade pensando em trabalhar com o jornalismo de educação. Então eu fiquei muito assustada quando eu comecei porque eu tinha que cobrir desde a educação infantil, o acesso à creche, até pautas sobre universidades. E tem uma diferença muito grande entre as políticas de creche até o ensino superior, é uma diversidade enorme. Ao meu ver, a gente trabalha muito em cima dos indicadores de qualidade e resultados das avaliações em larga escala, como o ENEM. Precisamos também ter um conhecimento sobre os fatores que influenciam as avaliações das escolas. Por exemplo: a nota do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) de uma escola municipal de Porto Alegre, que fica lá na Vila Cruzeiro, foi bem baixa. É porque os professores daquela escola são ruins? Não é bem isso, há vários outros fatores que envolvem esse fato. Então, eu acredito que a gente tem que ter uma visão ampla de conseguir tratar de assuntos que são específicos, desde a educação infantil, até o ensino superior, e também conseguir compreender questões que vão além da educação dentro da sala de aula. Questões sociais e econômicas que interferem na educação.

Antônio: Eu concordo. Acho que o que diferencia um jornalista de educação de um outro jornalista, que eventualmente pode até fazer matéria de educação, é isso o que a Angela falou: é a aprendizagem. Um bom jornalista investigativo de política pode fazer uma baita matéria relevante sobre municípios ou Estados que não estão cumprindo a legislação com relação à aplicação de recursos na educação. Não precisa ser repórter de educação para fazer essa matéria. Você não precisa ser repórter de educação para fazer uma matéria sobre fraude em merenda. Basta conhecer um pouco a legislação educacional, pouco mesmo, e você consegue fazer uma matéria sobre quantas crianças estão fora da escola. Agora, quando você entra na discussão do motivo pelo qual essas crianças estão fora da escola, por que os jovens evadem do Ensino Médio, por que a escola não está fazendo sentido pra eles, aí você entra na questão da aprendizagem, e para isso você precisa ter um conhecimento sobre o que impacta na aprendizagem. A avaliação educacional mostra muito claramente que o nível socioeconômico das famílias é o fator de maior relevância na aprendizagem. Ou seja, você não pode comparar uma escola privada de elite em Porto Alegre com uma escola que fica numa favela na periferia. São perfis diferentes de alunos, que interferem no aprendizado. Então, um mesmo repórter que fizer uma matéria brilhante sobre o gasto que não está sendo feito conforme a lei, pode fazer uma matéria trágica do ponto de vista do impacto para a sociedade. Ele não pode pegar um dado do ENEM e comparar uma escola muito rica com outra muito pobre e falar “olha, essa escola aqui é uma porcaria porque ela tem resultado ruim no ENEM”, pois precisa saber que há outros fatores que interferem no aprendizado. Eu acho que é essa a principal distinção de um jornalista mais qualificado para falar de educação: é a questão de aprendizagem.

Antônio Gois é um jornalista premiado e presidente da Jeduca. Escreve colunas sobre educação para o jornal O Globo | Foto: Adriana Silveira

Geralmente, quais são as principais dificuldades que um jornalista pode encontrar ao falar sobre educação?

Antônio: Eu acho que tem dificuldades comuns a todos jornalistas setoristas. Tem a dificuldade de espaço das editorias, como a gente já falou, e de tempo para você viabilizar as matérias. Se essa entrevista fosse com repórteres de saúde, eles estariam também reclamando da falta de tempo que eles têm. A falta de tempo limita o acesso à escola, mas nem todas têm uma política receptiva com o jornalista. Às vezes a gente vai como jornalista numa escola apenas para pegar uma frase que nos interessa, porque a gente precisa daquela imagem para ilustrar nossa matéria. Eu acho que uma das coisas que sinto falta é conviver com os atores da escola. Até para entender melhor dos indicadores macro, você precisa ter sensibilidade para olhar como são os micro. Olhar a árvore não é olhar a floresta. Então acho que você precisa ter esses dois olhares para fazer uma boa reportagem. Indicadores como o Ideb, que é uma média de um monte de dados, são relevantes, mas não são suficientes para você entender fenômenos mais complexos que acontecem na sala de aula.

Angela: Eu acho que às vezes a gente acaba sendo bastante pautado pelas políticas, principais do governo federal, e para o jornalista compreender e apresentar uma reportagem com todos os elementos e formar sua opinião a respeito daquele assunto é bem difícil. Claro, isso envolve a questão do tempo, e também de ver o quanto isso reflete na escola. Por exemplo, tem uma política do governo federal que é a implementação do ensino médio de tempo integral, que as redes já estão fazendo aqui no Rio Grande do Sul, desde o ano passado. E eu já participei de reportagens falando dessa política, tem vários especialistas que apontam a importância da ampliação da carga horária das escolas. Mas, quando a gente consegue ir nas escolas para ver como essa política está funcionando na prática, alguns problemas já começam a surgir. Por exemplo, aqui no Rio Grande do Sul, essas escolas de tempo integral no ensino médio estão com uma alta evasão. Então, quando a gente faz um jornalismo só focado na proposta federal e sem ouvir os atores das escolas, a gente acaba não pegando alguns elementos que são importantes também. O motivo pelo qual uma proposta que permite aos alunos ficarem o dia inteiro nas escolas, terem refeições, terem atividades diversas, ainda os faz abandonar este espaço. Então, o jornalista vai na escola e percebe que esses estudantes do ensino médio precisam trabalhar, precisam fazer um estágio, precisam ajudar como fonte de renda para a família. A gente acaba muitas vezes não conseguindo chegar até a escola e não abordando outros elementos que são importantes ressaltar quando a política está lá na ponta. Isso também é decorrente da gente ficar muitas vezes fazendo reportagem por telefone, ou mais recentemente, por WhatsApp, e não estar vendo a política como ela está acontecendo.

Vamos falar agora sobre a Jeduca. De que forma ela pode auxiliar quem tiver interesse no jornalismo de educação ou fazendo sua primeira reportagem para essa editoria?

Antônio: A Jeduca pode ajudar de diversas maneiras. Em primeiro lugar, eu convido todos, jornalistas ou estudantes de jornalismo que se interessem por educação, que entrem no nosso site (www.jeduca.org.br) e se associem. Ao se associar, gratuitamente, você vai fazer parte de uma lista de e-mails com jornalistas profissionais, assessores de imprensa e pessoas debatendo temas da educação. No nosso site a gente disponibiliza guias. Por exemplo, vamos lançar agora um guia de financiamento da educação. Você quer fazer uma matéria sobre quanto gasta a União na educação. Então, vai estar lá um guia sobre isso. Temos um guia sobre como entrevistar crianças, algo bem específico da técnica jornalística. Esse é um guia que fala tanto da técnica quanto da ética ao se entrevistar uma criança. E a gente tem um serviço da editora pública, que é gerenciada pela Marta Avancini. A Marta é uma profissional com experiência em educação, paga pela associação para fazer um serviço gratuito para qualquer jornalista. Não precisa se associar, qualquer jornalista ou estudante de jornalismo que esteja fazendo um trabalho sobre educação pode acessar. No nosso site tem o celular dela, que é acessível para todos. Pode ligar, mandar mensagem no WhatsApp ou e-mail. Considerando que muitas vezes o jornalista de educação provavelmente não vai ter um editor experiente que conheça a educação ou um colega para conversar sobre o assunto, a Marta, através da editora pública, preenche essa lacuna.

Angela: E a associação também faz alguns eventos, alguns webnários sobre temas que estão na pauta de educação, que podem ser acompanhados de qualquer lugar do Brasil. Por exemplo, falamos neles sobre financiamento ou sobre avaliação. A associação sempre faz alguns eventos com discussões e com dicas para os jornalistas sobre cobertura de eventos. E agora tem o 3º Congresso Internacional de Jornalismo de Educação dias 19 e 20 de agosto, as inscrições estão abertas ainda. O congresso vai ser em São Paulo. A gente vai reunir jornalistas experientes, pesquisadores, educadores, professores de escolas e estudantes para também debater as políticas de educação. Para estudantes de jornalismo, a inscrição custa R$ 20,00.

Quais são as principais ferramentas online que um jornalista de educação pode utilizar para fazer suas matérias?

Angela: Tem algumas ferramentas que são relacionadas ao financiamento da educação, na qual o jornalista pode consultar informações sobre o investimento dos municípios, do Estado e da União. Uma das ferramentas, o SIOPE, está dentro do site do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), que é vinculado ao Ministério da Educação. Ali há informações bem detalhadas que os municípios e os Estados repassam sobre seus investimentos em educação. Tem também o Portal da Transparência, onde há informações sobre os gastos em educação. Aqui no Rio Grande do Sul tem o site do Tribunal de Contas do Estado, com bastante informação sobre os investimentos municipais. Além das fontes oficiais, tem o site Qedu, que é interessante para os jornalistas fazerem buscas de uma forma mais simples sobre o resultado do Ideb de um município, por exemplo. Tem os dados do censo escolar sobre as estruturas das escolas. Dá para pesquisar ali por nome da escola daqui do Rio Grande do Sul, por exemplo. E é feito a partir de dados oficiais. O próprio Tribunal de Contas criou uma ferramenta que é o TC Educa, outro site que tem dados de monitoramento das metas do plano nacional de educação. São todas ferramentas que podem ajudar o jornalista no seu trabalho no dia a dia. À primeira vista podem parecer informações mais complicadas, mas estão ali disponíveis.

Antônio: Um dos projetos da Jeduca, que talvez saia ano que vem, é a criação de um portal no nosso site que mapeie todos os portais de dados de educação. A gente quer criar uma ferramenta que facilite o conhecimento desses portais que a Angela citou e de muitos outros para que a pessoa possa fazer uma busca e ser direcionada. Dependendo da informação, tem sites que vão te dar uma maior ou menor precisão. Então, é uma das coisas que a gente está querendo fazer na Jeduca.

Para finalizar, gostaria que vocês contassem como foi que vocês acabaram entrando no jornalismo de educação e como foram as primeiras experiências de vocês.

Angela: Eu comecei como jornalista de educação no portal Terra em 2010. Eu fiz a faculdade de jornalismo pensando em ser repórter de política, que é uma área que eu me interessava bastante, e a oportunidade que tinha no portal Terra era como repórter de educação. Eu fui e acabei me envolvendo muito, acabei gostando muito da área. Depois eu saí do Terra e fui para o Grupo RBS, para a Rádio Gaúcha, onde segui trabalhando com educação. Fui conquistando alguns espaços, fazendo comentários na rádio sobre educação, e depois eu fui trabalhar também, além da Rádio Gaúcha, no jornal Zero Hora, fazendo reportagens também sobre educação. Foi meio sem querer, mas eu acabei gostando da área, e também fui procurar aprender mais porque me assustava um pouco ter que falar de coisas tão específicas. Eu fiz mestrado em Educação na UFRGS, na Faculdade de Educação, e agora estou começando o doutorado em Educação. E é bem apaixonante trabalhar com isso.

Antônio: Eu costumo contar uma história dizendo que sou filho de jornalista e de professor, e que por isso me interessei sobre o jornalismo de educação. Mas eu vou contar o segredo pra vocês: é mentira. A verdade é igualzinha à história da Angela. Eu sempre gostei de economia e de política, e na faculdade eu ficava dividido entre trabalhar com essas editorias. Mas o primeiro emprego que me oferecem foi em educação, e eu fiquei apaixonado pelo tema. Eu tive a oportunidade na minha carreira de trabalhar com economia e política, mas as minhas pautas na economia eram voltadas à educação, e na política sempre que eu podia voltar para educação, eu voltava. Nas redações também isso é muito comum, como você não tem tantas posições para quem trabalha com jornalismo de educação, você vai subindo na carreira. E geralmente a posição de chefia não fica cuidando só de uma área. E quando eu fui subeditor de política de O Globo, eu não cuidava só de educação. E eu hoje acho também que mesmo quem não é jornalista de setores de educação precisa entender dessa área. Acredito que um bom jornalista de política – ainda mais agora, no cenário do governo Bolsonaro, em que a educação virou um tópico de tanto conflito – precisa entender o mínimo de educação. Um jornalista de economia então, nem se fala. Se ele quer fazer uma matéria sobre produtividade, sobre porque o Rio Grande do Sul não cresce como gostaria de crescer, ele vai ter que entender de educação, vai ter que conhecer um pouco dos indicadores da relação entre a educação e a produtividade. Se ele for um jornalista de saúde, ele vai ter que saber que a educação é uma variável importantíssima que impacta em vários indicadores de saúde. E aqui uma notícia exclusiva para vocês: a gente vai lançar no nosso Congresso uma pesquisa do perfil do jornalista de educação. Quem são esses jornalistas, qual o perfil desse profissional, que tipo de fonte ele procura. E a gente acredita que isso possa ser um bom insumo para pesquisas acadêmicas sobre o jornalismo de educação.

Angela Chagas é diretora da Jeduca e doutoranda em Educação pela UFRGS. Foi comentarista de educação da Rádio Gaúcha e editora digital da GaúchaZH | Foto: Adriana Silveira
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