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Fashion Revolution debate a indústria da moda
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Até o dia 30 de abril ocorre ao redor do mundo o evento Fashion Revolution 2017, no qual são abordados temas que envolvem a moda e a sustentabilidade. Na segunda-feira (24) ocorreram os primeiros eventos do Fashion Revolution em Porto Alegre e ele foi realizado no Santander Cultural, sendo “money, fashion and power” o tema principal.

Eloisa Artuso, professora e graduada em Desenho de Moda, Miguel Angel Gardetti, do Centro de Estudos sobre Luxo Sustentável de Buenos Aires, Luis Felipe Nascimento, doutor em economia, Camila Luconi Viana, mestre em Gestão e Negócios pela Unisinos, e a mediadora Evelise Rüthschilling, estiveram presentes no evento debatendo sobre o tema principal.

O evento começou com uma performance que aborda um dos temas do Fashion Revolution 2017: “Quem fez minhas roupas?”.

Segundo Eloisa, devemos olhar para nossa etiqueta e pensar da onde veio aquela roupa, quais tecidos foram utilizados para produzi-las, devemos todos fazer a nossa parte. “Está na hora de usar sua voz e poder para transformar a indústria da moda em uma força para o bem. Está na hora de uma revolução da moda”, declarou a professora.

“Eu via a moda somente como uma passarela, como consumismo. E não relacionava com quem produzia as peças”, falou Luis Felipe. De acordo com o doutor, as pessoas que fazem a produção das roupas acabam ganhando R$0,60 de lucro, e quem compra acaba pagando R$50,00 nelas, o que acaba sendo um sistema injusto.

Outro fator que devemos nos preocupar é a reutilização das peças, pois somente 10% das roupas são reaproveitadas e o resto acaba sendo descartado nos lixões. “O movimento para melhorar a cadeia da moda começa por nós consumidores. Compre menos, escolha bem, faça durar”, declarou Luis Felipe.

Pensando no reaproveitamento e na durabilidade das roupas, a Empresa B, Patagonia criou coleções super resistentes, para que não haja o descarte excessivo. “As empresas B combinam o lucro com o impacto socioambiental positivo, aspirando ser a melhor empresa para o mundo. No Brasil há 62 empresas B”, declarou Camila.

“Deveríamos utilizar guarda-roupa cápsulas, para evitarmos o consumismo”, declarou Eloisa. “Antigamente usávamos guarda-roupas, para guardar nossas peças, hoje em dia usamos closets, enormes quartos feitos somente para guardar coisas”, explicou Evelise. Se cada um fizer sua parte, poderemos todos viver em um mundo mais sustentável. A mudança começa dentro de casa.

 

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