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Fernando Zanuzo
"“Optei pela Unisinos pela boa reputação e currículo que a universidade possui.”"
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(Texto: Dominique Nunes)

Natural de Bento Gonçalves, hoje com 31 anos, Fernando Zanuzo, conheceu o jornalismo por acaso. Com quase 17 anos, o jovem havia acabado de sair de um clube de futebol mineiro chamado América Futebol Clube, onde foi jogador entre 1998 e 1999. Ao voltar para o Rio Grande do Sul, o jovem percebeu que, ao sair do futebol, precisava conseguir um emprego. E foi nessa busca que descobriu o jornalismo.

Descobrindo a profissão

“Eu precisava trabalhar. Minha mãe estava colocando uma pressão, então fui procurar um emprego”, conta. Um dia, Zanuzo viu um anúncio em que dizia que o Jornal Expresso de Notícias precisava de uma espécie de executivo de contas. No meio da entrevista, a pessoa que estava entrevistando-o disse que precisava de um repórter, ele acabou entrando na vaga. “Comecei a trabalhar com editoria de esporte e polícia e acabei me apaixonando, pela função, por tudo. Um período antes de sair de lá, acabei indo para a rádio de Bento Gonçalves”, relata.

O radialista da Rádio Gaúcha ingressou no curso de jornalismo em 2001, onde passou um semestre estudando na Universidade de Caxias do Sul. Após conseguir uma vaga de estágio na emissora do Grupo RBS, mudou-se para Porto Alegre, e decidiu continuar o curso na Unisinos, em 2002.

Zanuzo entrou na Gaúcha através de um freela, onde trabalhava durante os finais de semana. Após conhecer o chefe de reportagem André Machado, o profissional sentiu que estava pronto para estagiar e, em 2005, foi efetivado como repórter de rádio, função que exerceu até 2012, quando passou a ser apresentador do programa Brasil na Madrugada. Simultaneamente, começou a trabalhar como freela na televisão, nos canais Première da Globo SAT e TVCOM.

Zanuzo com colegas no estúdio da Rádio Gaúcha (Foto: Arquivo Pessoal)

Durante o seu tempo de estágio na Rádio Gaúcha, o profissional também estagiou pela manhã na Rádio Unisinos, entre 2003 e 2005.

Escolhas da profissão

“Em 2007, eu tinha um colega chamado João Ricardo Boardman, ele trabalhava em uma rádio comunitária de Sapucaia do Sul chamada Rádio Equipe FM. Um dia comentei com ele que eu brincava de narrar jogos de futebol, então ele me disse que, onde trabalhava, o cachê era pequeno, a estrutura ainda era precária, mas que lá eu teria oportunidade de narrar e ser comentarista”, diz. Zanuzo aceitou, e naquele ano, começou a narrar jogos para a rádio durante três temporadas. “A partir deste momento eu percebi que precisava ir para outra direção na minha carreira. Não ser repórter, e sim narrador esportivo”, aponta.

O profissional decidiu permanecer na plataforma de rádio quando viu o trabalho de um colega do Jornal Expresso de Notícias, chamado Iaram de Oliveira, que era locutor de uma rádio musical de Bento Gonçalves. “Uma vez entrei com ele no estúdio e o vi manuseando o equipamento e entrando no ar. Aquilo foi um divisor de águas. Com o rádio, tu recebes a informação e um minuto depois tu estás no ar. Mata a charada ali, é instantâneo, vai construindo a notícia ao vivo. Essa instantaneidade foi o que me chamou a atenção, e como eu sou imediatista, foi assim que eu decidi o que queria fazer”, explica.

Trajetória acadêmica

Optou pela Unisinos pela boa reputação e currículo que a universidade possui. A passagem pela universidade foi determinante para o radialista. Para ele, o tempo de graduação abriu seus horizontes, pois conheceu outras realidades e pessoas de outros municípios, veículos dos mais diversos tipos. Durante a graduação, em 2008, Zanuzo ganhou dois SET Universitário, prêmio da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul concedido a alunos de Comunicação Social, nas categorias Programa de Rádio – Documentário e na Subcategoria – Dramaturgia em Rádio. Em 2009, formou-se em Jornalismo.

A falta de tempo foi uma dificuldade pela qual Zanuzo passou, seu estágio na Rádio Gaúcha acabava às 18h, e para ele, estar 19h30 na universidade, às vezes era desafiador. Além disso, para estudar e produzir trabalhos acadêmicos, o profissional usava a madrugada para conseguir entregar tudo a tempo.

Para o futuro

Fernando Zanuzo possui planos para ser narrador esportivo para televisão de alcance nacional, e também continuar com programas de rádio. “Tenho um projeto para apresentar para começar a cursar um Mestrado na Unisinos e, daqui dois ou três anos, quero dar aulas”, anuncia.

O jornalista também ministra cursos relacionados ao jornalismo (Foto: Arquivo Pessoal)

PING-PONGUE

Uma coisa inconfessável que fiz na faculdade: Fazer uma entrevista para algum trabalho por telefone, quando era preciso fazer presencialmente. Eu realmente não tinha muito tempo.

Um professor inesquecível: Na verdade é um grupo de professores que trouxeram cada um uma mensagem diferente: Sérgio Endler, Pedro Osório, Patrícia Weber, Luiza Carravetta e Thaís Furtado.

Uma vez matei aula para: Narrar jogos e trabalhar. Matei uma semana de aula para cobrir as enchentes que aconteceram em Santa Catarina em 2008.

Um amigo de infância que fiz na faculdade: Emerson Machado (sou padrinho da filha dele) e Fábio Almeida

Um livro marcante: Notícias de um Sequestro, de Gabriel Garcia Márquez e Manual do Locutor Esportivo, de Carlos Fernando Schinner

Um mico que paguei na faculdade: Fiz um projeto de rádio e errei o nome do Behs! Escrevi na capa do trabalho sem a letra ‘h’.

Meu lugar favorito na Unisinos: Em um período foi o Laguinho, e em outro, O Centro Administrativo

Todo Jornalista… precisa ser agente da transformação social

Todo Jornalista deveria… buscar o equilíbrio na apuração da informação

Um profissional da área que foi referência: Antonio Carlos Machado e Daniel Scola

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