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Qual o impacto das mudanças de algoritmo das redes sociais?
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Em março de 2016, o Instagram anunciou que haveria uma mudança no modo de exibição das publicações. Assim, ao invés de serem exibidas em ordem cronológica, elas passariam a priorizar os perfis mais acessados pelos usuários. O pronunciamento gerou repercussão negativa, o que fez com que o aplicativo adiasse a mudança, que passou a ocorrer de forma oficial no mês de junho. No Facebook, as mudanças ocorrem desde o mês de abril do mesmo ano.

Entrevistamos alguns profissionais para saber os impactos dessa mudança e dar algumas dicas sobre como acessar o conteúdo mesmo com essa transformação.

Para Rafael Terra, jornalista com especialização em Marketing Digital e CEO da empresa Fabulosa Ideia, a mudança pode ser encarada como positiva e negativa. “Pelo lado positivo, através dessa mudança, podemos perceber uma filtragem do conteúdo que o usuário realmente deseja consumir. Ou seja, as informações passaram a ser organizadas por relevância, interagindo com os gostos das pessoas”, comenta. De outro lado, segundo Terra, perde-se o “real timing” das publicações, deixando de aparecer certos conteúdos.

Ainda segundo Terra, a mudança pode ser analisada por dois conceitos: econômico e comercial. “Acredito que a proposta dessa modificação é, além de garantir mais organização ao feed de notícias, faz também com que sejam gerados anúncios para entregar o conteúdo”, opina.

Rafael Terra é jornalista e CEO da empresa Fabulosa Ideia. (Foto: Arquivo Pessoal)

Fundador e diretor da Escola de Marketing Digital e professor de cursos dentro da área, Jessé Rodrigues aponta que a mudança é positiva para o usuário e negativa para profissionais do mercado e para empresas. “Essa transformação prioriza os gostos do usuário, enquanto que restringe os conteúdos das empresas”, analisa. Segundo ele, a decisão não influencia tanto na vida do usuário, uma vez que ele ainda tem poder de escolha sobre o conteúdo que será acessado. “Mesmo com essa modificação, as pessoas ainda podem controlar e assinar as notificações que desejam acompanhar”, coloca.

De acordo com Rodrigues, essa transformação faz com que as empresas tenham que pensar no desenvolvimento de conteúdos mais relevantes. “Do lado mercadológico, as empresas precisam pensar em meios para qualificar o formato dos conteúdos, para que haja mais engajamento”, enfatiza. Ele afirma que, principalmente no caso do Facebook, é preciso investir em conteúdo. “O Facebook não se baseia em propagandas ou anúncios. É preciso pensar em conteúdos para garantir a audiência e o engajamento do público”, defende. “Além disso, a quantidade de usuários das redes sociais foi aumentando ao longo dos anos, mas a capacidade de consumo continua a mesma. É importante pensar nesse fato”, ressalta.

Jessé Rodrigues é o criador da Escola do Marketing Digital. (Foto: Arquivo Pessoal)

Dicas para continuar gerando conteúdos no Instagram (Segundo Rafael Terra)

 – Criar publicações interativas, que possam gerar comentários (como fazer perguntas, por exemplo);

– Interagir com a hashtag que representa o post;

– Ensinar o usuário a assinar as notificações;

– Publicar vídeos (no caso do Facebook, via Facebook Live, plataformas de Streaming);

– Investir em anúncios e conteúdos;

– Criar concursos culturais;

– Criar conteúdos transmídia (interação entre Snapchat, Instagram e Facebook);

– Chamar amigos e família para curtir e comentar publicações.

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