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Aluna do CRAV é finalista no prêmio ABC
"Beatriz Potenza representou a Unisinos concorrendo ao prêmio de Melhor Direção de Fotografia de Filme Estudantil"
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Em sua primeira indicação a um prêmio por um trabalho audiovisual, Beatriz Potenza, aluna do 7º semestre do Curso de Realização Audiovisual (CRAV) da Unisinos, fez sua estreia justamente em uma das principais associações cinematográficas do Brasil, a Associação Brasileira de Cinematografia (ABC). Ela disputou a categoria de Melhor Direção de Fotografia de Filme Estudantil com o filme “Para Joana”, concorrendo com estudantes de vários Estados do Brasil, como São Paulo e Paraíba. Também foram finalistas os egressos Bruno Polidoro (CRAV 2003) e Luciana Baseggio (CRAV 2005), ambos pela direção de fotografia de Longa-metragem de Ficção e Documentário, respectivamente.


O curta-metragem “Para Joana”, produzido em aula do curso, conta a história de duas irmãs, Lena e Clara, que vão passar um tempo na casa da bisavó delas, que já morreu. Então, há uma despedida iminente entre elas. Além de Beatriz na direção de fotografia, o filme conta com a seguinte equipe:


Atualmente, Beatriz é estagiária de roteiro na Fehorama Filmes, uma produtora criada por três ex-alunos do CRAV. Ela atua realizando as atas das mesas de roteiro e fazendo pesquisas necessárias para o desenvolvimento dos trabalhos.


Beatriz está na reta final do curso e tem perspectivas de ser, além de diretora de fotografia, roteirista e diretora
(Foto: arquivo pessoal)


Sobre a sensação de ser indicada, ela diz que não consegue explicar muito bem. “Eu fiquei muito feliz na hora. Estava deitada mexendo no celular num dia pós-festa. Já tinham anunciado os indicados de todas as outras categorias, menos da estudantil. Minha amiga Alice Graziuso (diretora de ‘Para Joana’) tinha dormido na minha casa, e estava lá comigo quando viu que eu era finalista. Ela me mostrou e logo nós avisamos o pessoal da equipe. Eu mandei a notícia para a minha família também”, conta.


Beatriz acompanhou a premiação presencialmente em São Paulo, na Cinemateca Brasileira. Ela se sentou na segunda fileira da sala, e conseguiu conversar com Tiago Bello e Marcos Lopes, egressos do CRAV que ganharam o prêmio de Melhor Equipe de Som para Longa-metragem de ficção por “Marte Um”, filme premiado também no Festival de Gramado e selecionado para representar o Brasil na disputa do Oscar de Melhor Filme Internacional de 2023. “Foi uma bela oportunidade de troca”, comenta a aluna. 


Beatriz na cerimônia de premiação que ocorreu em São Paulo
(Foto: Marcelo Potenza) 

Marte Um, filme premiado no ABC.
(Vídeo: reprodução YouTube)


A futura diretora de fotografia conta que ela estava mais bem preparada quando trabalhou em “Para Joana” porque já tinha tido outras experiências. “Somado a isso, toda a equipe era muito competente, todo mundo trabalhava muito bem junto. Foi um dos sets mais organizados em que eu trabalhei, um dos menos estressantes também. Foi o melhor set para mim!”.


Uma cena em particular foi especial para Beatriz: “Tem uma cena com uma luz rosa e bolhas de sabão que deixa bem forte a presença da bisavó das meninas. Ela é a mais fantástica dentro do curta. Na hora de gravar, estava uma correria. Quando terminamos, todos pararam para assistir depois. Foi um momento bem especial, todo mundo ficou bem emocionado. Eu e a Alice demos uma choradinha. Foi um daqueles momentos em que tu sabe que está fazendo a coisa certa, que tu está estudando o que tu quer estudar”, avalia. 


Todas as composições das cenas foram pensadas anteriormente por Beatriz e o resto da equipe
(Imagem: frames do filme “Para Joana” concedidas pela equipe)


Entre as principais referências para a concepção visual e estética do filme, foram utilizadas algumas obras, como “A Primeira Morte de Joana”, de Cristiane Oliveira, temáticas e enquadramentos de “O Pântano”, de Lucrecia Martel, e algumas inspirações na filmografia de Sofia Coppola. “Teve todo um trabalho em equipe, um diálogo entre todas as áreas criativas”, explica Beatriz.


A aluna revela algumas técnicas usadas durante as gravações: “Eu procurei utilizar sempre uma fonte de luz única, com um refletor só, por exemplo. Trabalhar bem na decupagem também, para facilitar na hora da gravação. Muitas vezes, o diretor de fotografia precisa operar a câmera, em se tratando de equipes mais reduzidas, e foi no nosso caso”.


A chave de um projeto bem-sucedido, para Beatriz, é a boa comunicação entre os membros da equipe. “Tentar fazer coisas diferentes e se arriscar dentro do possível, testando novos caminhos e possibilidades”.

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