Na reta final do curso de Jornalismo, Rodrigo Brum Westphalen teve uma grande oportunidade: ir para a Alemanha participar do Moving the Cities em outubro. Apaixonado por programação ele se tornou também aluno de Análise e Desenvolvimento de Sistemas. O Moving the Cities, que na Unisinos é encabeçado pela gerente acadêmica Tatiana Rocha, existe desde 2019, e tem como finalidade o entrosamento entre pessoas de diversos lugares do mundo para pensar soluções para problemas emergentes.
Rodrigo já tinha participado em 2021, mas de forma remota. Foi também a primeira vez que o Moving the Cities aconteceu de forma presencial fora do Brasil, mais especificamente na cidade de Münster, na região da Vestfália, na universidade FH Münster. Ele descreve a experiência como “surreal”.
“Foi minha primeira viagem internacional. Nunca tinha passado tanto tempo viajando”, conta.
Foi a experiência em que Rodrigo mais aplicou seu conhecimento em outra língua: ele teve de se comunicar inteiramente em inglês. Lá, o trabalho foi dividido em grupos. O grupo em que ele estava tinha estudantes, além do Brasil, vindos do Chile, dos Estados Unidos, e da Alemanha. Segundo ele, houve várias divergências que se intensificaram com as diferenças culturais, principalmente na hora de pensar soluções eficientes para os problemas propostos.
“Mas, no fim, tudo deu certo, nos acertamos e conseguimos entregar uma solução completa num pitching bem formatado. Visualizar realmente que existem outras formas de ver o mundo, formas de reagir às situações, o que está passando na cabeça das outras pessoas, é extraordinário. Aprendi que os conflitos são enriquecedores em alguns casos, todos descobriram muitas coisas sobre as situações dos respectivos países. Grandes eventos de networking servem justamente para isso: conhecer pessoas diferentes. Posso dizer que saí do evento com amigos ao redor mundo”, relata Rodrigo.
Apesar de ter estado no evento como aluno da Escola Politécnica, Rodrigo afirma com convicção que os conhecimentos que obteve com o Jornalismo o ajudaram em diversos momentos.
“A formação em Jornalismo oferece muito mais que ferramenta de trabalho, mas também soft skills, uma leitura mais completa do mundo, raciocínio lógico, interpretação, mediação e comunicação”, conta.
Ele diz que até mesmo na hora de sintetizar os pensamentos do grupo, foi ele quem organizava e transferia tudo para o papel, o que foi essencial: “Faz muita diferença ter essa capacidade de síntese, botar no papel o que todo mundo está falando. Dessa forma, eu mediei e ajudei o diálogo a avançar”.
Além das descobertas profissionais, estar em um país como a Alemanha foi muito enriquecedor. Ele contou, por exemplo, que um dia ele estava no trem intermunicipal e avistou um grupo de homens muito empolgado, vestindo uniformes iguais. Ele se aproximou, achando que se tratava de uma torcida organizada de futebol, mas acabou descobrindo que eles estavam a caminho de um torneio de dardos! “Nunca imaginei que isso existisse ou que as pessoas ficam tão empolgadas com esse esporte”, contou rindo.
Por fim, Rodrigo gostaria de deixar um recado para os estudantes.
“Participe das oportunidades! Além dos acréscimos ao currículo, as oportunidades que as universidades, em especial a Unisinos, oferecem, podem fazer toda a diferença na sua formação, não só profissional, mas pessoal também.”