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Edição 16 do jornal Lupa já está disponível  
"Produzido por alunos do curso de Jornalismo da Unisinos, publicação traz 11 reportagens, além de notícias e textos opinativos"
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Chegou mais uma edição do jornal Lupa, uma publicação impressa produzida por alunos das disciplinas de “Jornal e Notícia”, “Jornal e Reportagem” e “Jornalismo Opinativo”, todas situadas entre o 3º e o 5º semestres do curso de Jornalismo da Unisinos. E a 16ª edição chegou caprichada, com 20 páginas coloridas, estampadas em papel jornal, contendo 11 reportagens, além de notícias e textos opinativos.  


Evolução das mídias no futebol 


O estudante Lorenzo Mascia fez a reportagem “Relações entre mídia e futebol nas diferentes gerações”, que trata sobre o avanço do consumo de futebol desde o rádio até a internet. Para contar essa história, o aluno buscou depoimentos de torcedores mais velhos a respeito de como é acompanhar o futebol hoje em dia, comparando com as formas que eram utilizadas antigamente. Descobriu que o sentimento de paixão permanece o mesmo: “Com a evolução das mídias sociais, pensei que a magia do futebol poderia estar ‘escondida’, mas vi que não, afinal, a emoção é única e só quem vive sabe explicar”, comenta.


A partir dessa evolução tecnológica na comunicação, atualmente é possível acompanhar o jogo quase que instantaneamente logo que algum lance acontece, com uma variedade de recursos, como vídeos ou imagens, que são publicados online.


Com o avanço da tecnologia, ficou mais fácil acompanhar os jogos dos times
(Foto: Divulgação)


Porém, Lorenzo identificou, em outra área, uma dificuldade: o receio de as pessoas frequentarem os estádios por conta da violência, que vem aumentando a cada ano. “Os torcedores de verdade, que só querem vibrar e passar o sentimento adiante, são prejudicados por quem só quer ir lá para estragar a festa”, desabafa o futuro jornalista.  


A conquista da capa  


A aluna Luísa Bell teve a honra de ter a sua matéria destacada na capa do Lupa. Ela fez uma reportagem sobre o evento Concertos Candlelight, que ocorre em diversos locais de Porto Alegre, como Farol Santander, Cais Embarcadero e Casa da OSPA.


Os shows e as performances são realizadas à luz de velas, independentemente do gênero musical, que vai do clássico ao jazz, passando pelos tributos ao pop e trilhas sonoras de filmes. Ela conta que queria executar uma pauta cultural que não estivesse tendo muita visibilidade na mídia. “A parte mais difícil foi conseguir o contato de alguém da produtora do Candlelight, mas, depois disso, tudo foi se desenrolando”, conta Luísa. A entrevista com Natália Corintho, representante da Fever, plataforma online que reúne eventos culturais ao vivo em todo o mundo, foi feita por e-mail. “Foi com ela que consegui permissão para fazer o material fotográfico antes e durante o show”.  


Luísa conta que gostou da cobertura mais do que imaginava. Ela até foi convidada para circular pelos bastidores do Teatro do Bourbon Country para tirar fotos e entrevistar Marina Lopes, uma das violonistas do quinteto “Monte Cristo Coral e Orquestra”. O grupo apresentou um tributo à banda britânica Coldplay. “No fim do concerto, tive que vencer a timidez para conseguir pegar o depoimento de algumas pessoas do público. Mas a parte mais desafiadora, sem dúvida, foi fazer as fotos e a edição delas posteriormente”, comenta.


Luísa esteve presente no evento, que conta com luz de velas iluminando músicos, que tocam diferentes gêneros musicais
(Foto: Luísa Bell)


Luísa confessa que queria muito fazer um material fotográfico autoral, e entende que fez o melhor que pode com sua própria câmera, sem poder usar o flash, para vencer a escuridão do local. No final, ela diz que tudo deu certo, pois conseguiu alcançar uma de suas metas, que era ganhar a capa de um jornal. “Fiquei muito feliz com isso e feliz que os professores gostaram do resultado”, diz.


Torcidas organizadas e o debate da violência no futebol 


O aluno Dominik Machado contribuiu com a reportagem sobre as torcidas organizadas, fazendo associação com a violência no futebol nos dias atuais. “A festa que as torcidas organizam pode ser maravilhosa, porém, no momento em que algumas pessoas deixam de ir aos jogos por medo das brigas, é sinal de que estamos falhando como sociedade”, comenta.


Ir a um jogo pode ser legal, mas, com a onda de violência, as pessoas tem evitado esses lugares
(Arquivo: Divulgação)


Além disso, Dominik notou que a maioria das torcidas organizadas não é movida apenas pela paixão e pelo amor aos clubes que torcem. Segundo suas pesquisas, a violência no futebol iniciou na Europa na década de 1980 e chegou ao Brasil nos anos 1990, permanecendo até hoje. Por causa dela, os times envolvidos são punidos com a perda do mando de campo nos estádios, e as torcidas organizadas que patrocinaram confusões são suspensas por períodos de tempo determinados pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).  


Inteligência Artificial


Petra Karenina abordou sobre a Inteligência Artificial (IA) a partir de softwares, como o ChatGPT e Midjourney: “É fundamental debater os desafios éticos e sociais associados à tecnologia, tais como o uso responsável da IA, a garantia da transparência dos algoritmos, a proteção de privacidade dos usuários e a mitigação do viés algoritmo”, defende a estudante.


Há termômetros de rua que já utilizam Inteligência Artificial para exibirem propagandas e informações de temperatura e horário
(Foto: Petra Karenina)


Porém, Petra acredita que muitas pessoas não estão cientes dessas aplicações e que elas já fazem parte do cotidiano. Por isso, ela trouxe, em seu texto, exemplos desenvolvidos e implementados pelo Estado. Aqui no Rio Grande do Sul, já existem pelo menos 28 parques tecnológicos. “Com incentivo público e fortalecimento das parcerias entre empresas, instituições de pesquisa, universidades e o contínuo desenvolvimento de soluções inovadoras, a IA tem o potencial de impulsionar a economia local, atrair investimentos e posicionar o Estado como referência nacional e internacional no campo da tecnologia”, explica a aluna.

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