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#TEDxUnisinos: Maria Inês
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Em 2015, o Brasil conheceu uma pequena parte da história de Maria Inês Secco. Protagonista de uma campanha publicitária da Johnson & Johnson, a técnica de enfermagem ficou famosa por ser “A mãe de 1000 filhos”. Hoje, em 2018, Inês não sabe qual o número exato de crianças que passaram por seus cuidados, porém tem convicção ao afirmar que esse número já foi superado. 

Inês está prestes a completar 28 anos em UTI Neonatal. Na neonatologia, ramo da pediatria que trabalha com recém-nascidos até o 28º dia de vida, ela ajuda a cuidar de casos que apresentam complicações, como bebês prematuros e pré-termo.  

Tratar sobre as experiências de um profissional nessa área é o objetivo de Inês, que é uma das palestrantes convidadas para o TEDxUnisinos, no dia 17 de agosto, no Teatro da Unisinos, em Porto Alegre. A enfermeira contará a história de dois bebês. Um menino que teve hipertensão pulmonar, e uma menina, gêmea, que nasceu com complicações cardíacas severas. Ambos passam bem. 

Inês quer falar sobre a rotina e importância da UTI Neonatal. Segundo ela, as famílias de recém-nascidos têm muitas preocupações e é trabalho da equipe hospitalar sanar todas as dúvidas e garantir a melhora do bebê. Cuidar, zelar e dar conforto ao recém-nascido, e uma assistência adequada para os pais são as funções que o trabalho exercido pela enfermagem exige.    

Maria Inês trabalha no hospital Mãe de Deus há 25 anos. Começou em 18 de janeiro de 1993, mas a carreira na UTI Neo teve início no hospital da PUCRS, o São Lucas, em 17 de dezembro de 1990. Inês nunca trabalhou em outra área dentro dos hospitais pelos quais passou. Desde o primeiro dia, entrou na vaga disponível em UTI Neonatal. Acabou se afeiçoando a área e nunca mais saiu.  

A técnica de enfermagem lembra do primeiro paciente cuidado por ela. O menino vindo de Gravataí nasceu prematuro. Inês o conheceu já num estágio de recuperação e crescimento avançado.  “Eu lembro que quando eu ia dar a mamadeira, ele bebia 27ml”, conta. Mesmo vivendo cercada por recém-nascidos, Inês não teve filhos. “Eu nunca quis ter filhos. Até digo que não sinto a falta deles (no passado), mas hoje eu já pensaria diferente”, revela. 

Maria Inês é natural de Flores da Cunha, município com 29 mil habitantes e distante 150km de Porto Alegre. Teve uma infância interiorana, trabalhando com agricultura. É a mais velha dos três filhos. Nas palavras dela, “somos uma família muito humilde. Nós tivemos um pai e uma mãe maravilhosos que nos criaram com muita dignidade, respeitando sempre o nosso próximo”, conta.  

Com 22 anos, mudou-se para a Capital para ajudar uma das tias, Olga, no tratamento de radioterapia. A causa foi um câncer de mama. No período em que auxiliava a irmã do pai, ouvia que “Maria era muito cuidadosa, tinha jeito para trabalhar como enfermeira”. Assim surgiu a ideia de fazer o curso para auxiliar de enfermagem. Foi o primeiro passo para a carreira em UTI Neonatal, os 28 anos de experiência e o número infinito de filhos. 

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