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Unisinos recebe profissionais norte-americanos para intercâmbio cultural  
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O curso de Letras da Unisinos ganhou neste semestre o edital do Programa de Intercâmbio da Fulbright, uma organização norte-americana sem fins lucrativos. As instituições selecionadas recebem profissionais americanos recém-formados, denominados English Teaching Assistants (ETAs), para ajudarem estudantes, futuros professores de inglês, no desenvolvimento de práticas didáticas e aprimoramento das competências linguísticas em língua inglesa. Nos anos anteriores, apenas universidades federais podiam participar do programa, mas com a expansão do edital para as universidades comunitárias, cerca de 120 jovens estão alocados pelo Brasil.   

Desde o dia 02 de março, Cody Wetherelt, formado em Linguística pela Boise State University, e John McGovern, graduado em Ciências Políticas pela University of Pittsburgh, fazem parte da rotina do Curso de Letras da Unisinos. “Cody e o John nos ajudam com material didático e atividades pedagógicas. É um ensinar e aprender. Eles nos auxiliam com formação de língua e cultura americana, mas também aprendem conosco questões de metodologia e ensino de língua estrangeira. É uma via de mão dupla”, informa a coordenadora de Inglês da universidade, Professora Márcia Del Corona.  

Foto: Arquivo pessoal/Márcia Del Corona

Os jovens fazem ações dentro e fora da sala de aula. As atividades são diversas e planejadas de acordo com a disciplina. Em cadeiras como Literatura, Cody e John podem ser solicitados para abordar um gênero, um autor ou até mesmo um filme. Além disso, workshops com estudantes dos turnos matutinos e vespertinos também fazem parte de suas atribuições. “O ganho  para os estudantes da Unisinos está nas trocas de questões culturais, no contato com a Língua Inglesa e na prática da fluência no idioma. É uma das várias possibilidades de atividades de internacionalização e mobilidade acadêmica  possíveis de serem desenvolvidas dentro da universidade”, explica Márcia.  

Atualmente, Cody e John moram juntos em São Leopoldo e conheceram o programa Fulbright ainda durante a faculdade, por ser amplamente divulgado nos Estados Unidos. Apesar de pouco tempo de intercâmbio, os jovens acreditam que esta experiência será muito enriquecedora e trará oportunidades depois que retornarem para casa. “Essa experiência vai ajudar na minha decisão de ensinar inglês em outros países, como na Europa ou América Latina, ou fazer uma pós-graduação e mestrado”, comenta o profissional em Linguística.  

Foto: Arquivo pessoal/Márcia Del Corona

Cody conta que Brasil e EUA têm muitas semelhanças e o choque cultural não é tão intenso. “Uma diferença que percebo aqui é a hora da janta e do almoço. Outra coisa também é o fato de vocês (brasileiros) serem mais calorosos, cumprimentarem com beijos e abraços, o que é algo muito bom, amigável”. Além de compartilharem suas vivências nos intercâmbios e conhecimentos de inglês, os meninos também debatem assuntos de interesses dos alunos da Unisinos, como o cenário político norte americano, legalização de armas, gírias, entre outros.   

John McGovern, um dos bolsistas, está em seu terceiro intercâmbio no Brasil. Já passou por Fortaleza e Florianópolis. Assim como seu colega Cody, ele ainda não sabe como será essa experiência, mas tem boas expectativas. Futuramente, pretende voltar para o Estados Unidos e fazer um mestrado em Relações Internacionais. “Essa é minha terceira vez aqui, então não senti muito o choque cultural, mas acho que a diferença entre Brasil e EUA é que aqui as pessoas são mais abertas”, sintetizou.  

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