Texto: Eduarda Bitencourt e Luan Maciel
Em visita ao Rio Grande do Sul, Marcondes esteve algumas Instituições de ensinos, veículos de comunicação e organizações gaúchas para divulgar o Observatório da Comunicação Institucional (OCI). O relações-públicas aproveitou a ocasião para negociar parcerias dos profissionais de comunicação na geração de conteúdo relevante sobre as causas que o OCI defende para serem publicadas no site, que são: transparência ativa, comunicação pública, jornalismo responsável e propaganda com ética. Além disso, propôs também que os professores da área utilizem o material que está disposto no site em sala de aula.
Na Unisinos, Marcondes conversou com a coordenadora do curso de relações públicas, Taís Motta, sobre garantir uma possível parceria do curso com o Observatório, que consiste em realizar a clippagem de dois jornais da região metropolitana sobre assuntos relacionados a comunicação que envolvam organizações. O profissional também conversou sobre o projeto acadêmico-cientifico do Observatório, lançado no congresso Mega Brasil de Comunicação, em maio de 2017, que afere o Índice de Transparência Ativa das organizações brasileiras, sejam elas públicas, privadas ou do terceiro setor.
O instrumento criado pela OCI apresenta por meio de números e relatórios o que deve ser melhorado na instituição. São 210 quesitos avaliados em cinco instâncias diferentes. A transparência dessas instâncias é medida com “scores” que vão de zero a 100. Para que uma instituição seja considerada transparente a pontuação deve estar entre 90 e 100 pontos. Hoje, essa ferramenta está disponível para implantação no mercado, sendo aplicada por profissionais credenciados, nas instituições cujos gestores queiram participar, por meio de uma auditoria funcional de comunicação.
O observatório surge em 2013 na vida de Manoel em parceria com mais três relações-públicas (Marcelo Lins Fischer, Lucia Duarte e Pollyana Escalante) que são pesquisadores. A intenção inicial era desenvolver um local para análise, reflexão e crítica aos assuntos referentes a comunicação. “As nossas causas em 2013 eram ‘Transparência’ e ‘Comunicação Pública’. Com o passar do tempo, percebemos que o fenômeno Fake News também deveria constar na nossa pauta e assim também decidimos trabalhar com os temas ‘Jornalismo Responsável’ e ‘Propaganda com Ética”, explica ele. Se no início a linguagem do Observatório era voltada mais para os RP’s, hoje ele se tornou mais eclético, abraçando mais áreas. Manoel afirma que todos os cursos da comunicação devem estar integrados, pois são afetados mutuamente por casos como as Fake News ‘É um problema nosso, a questão da Fake News, da comunicação em geral”, resume.
Manoel Marcondes Machado Neto tem um currículo extenso. É professor da Faculdade de Administração e Finanças da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UFRJ), doutor em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo (USP,) mestre em Sistemas da Informação Gerencial (UFRJ) e, atualmente, o diretor-presidente do Observatório da Comunicação Institucional.