Buscar sempre as melhores matérias-primas, livres de agrotóxicos, temperos frescos e cultivados pela própria comunidade acadêmica foram os objetivo da professora Raquel Chesini na criação da Horta da Gastronomia, iniciada em 2016. Para o desenvolvimento do projeto, a coordenação do curso da Unisinos contou com alguns parceiros importantes, como Bionatur Sementes Agroecológicas, Tramontina e Isla Sementes. A horta está localizada entre os corredores do setor E03 e E04 do campus São Leopoldo. Qualquer voluntário está convidado a conhecer e ajudar no cultivo. Entre as plantas cultivadas estão temperos como alecrim, tomilho, manjericão, manjericão roxo, orégano, salsinha, salsinha crespa, cebolinha, sálvia, hortelã, e também capuchinha, erva cidreira, além de alface roxa, crespa, lisa e americana.
A construção do local teve início com um trote solidário aplicado pela professora nos alunos recém matriculados do curso, no primeiro semestre de 2016. Os “bixos” carregaram tijolos, disponibilizados pela universidade, do setor C para o Setor E, para formação dos canteiros e buscaram os insumos na compostagem.“Muitos estudantes valorizam demais a horta, devido a questão do alimento próximo, de buscar direto do produtor rural ou da sua própria horta aqui. Foram meses de trabalho e hoje já temos vários vegetais, hortaliças e temperos plantados”, explica Raquel Chesini, responsável do projeto.
Como os mutirões não acontecem com tanta frequência e falta mão de obra, foi desenvolvido um sistema de irrigação com garrafas pets, pela professora e bióloga Denise Schnor, que trabalha no Instituto Anchietano de Pesquisas. Ela e o padre Clemente, que foi professor e pesquisador do Centro de Ciências da Saúde da Unisinos, trabalharam durante 20 anos no cultivo de plantas medicinais na Unisinos. Hoje a professora Denise auxilia no projeto da horta com sugestões, dicas e ideias para um melhor aproveitamento do espaço e vida das plantas.
O projeto necessita de voluntários dispostos a manter e cuidar do espaço. Estudantes de todos os cursos podem participar, assim como professores, egressos e funcionários. “Eu acho muito importante, principalmente para os alunos de Gastronomia se interessarem mais pelo que plantam, não só usar o que está disponível. Nós podemos cultivar nosso próprio alimento e ajudando a nós mesmos. Percebemos assim o lado dos agricultores, como é difícil ter os alimentos disponíveis a todo momento quando precisamos, então acho importante entendermos os dois lados, não só da cozinha, mas sim de quem planta e quem vende”, diz Julio Engelke, aluno do 5º semestre que estava no local auxiliando na horta.