As egressas do curso de moda da Unisinos POA Carolina Geremia, Rafaela Cavion e Marina Zwetsch criaram a marca Yugen Store, lançada no dia 11 de maio. O conceito busca por meio das peças a manifestação da personalidade de quem as usa. “O nome Yugen surge através de um teatro japonês. Significa impermanência, constante mutação. Um sentimento tão abstrato que não pode ser expresso com palavras”, contou Carol.

Com o lema “proporcionar a mesma estética em modelagens para o corpo masculino e feminino”, as meninas criaram uma marca não binária, que se diferencia das coleções normais, onde são produzidas saias somente para mulheres, por exemplo.

Na loja virtual da marca, que será lançada em pouco tempo, estarão expostas as peças sem serem rotuladas por “feminino” ou “masculino”. Ao se interessar pela roupa, o cliente poderá escolher o tipo de corpo desejado e o tamanho. “Nossa marca vai além de ‘não ter gênero’. Nós buscamos que o cliente se interesse pela roupa e pela estética que ela tem, e assim compre a peça de acordo com o seu corpo”, declarou Carol.

Segundo as meninas, muita gente acaba não se identificando com as peças que usam. Um dos motivos é que nas lojas, na maioria das vezes, as estampas das roupas são feitas de acordo com feminino e masculino. Alguém que queria uma estampa diferente do habitual acaba não encontrando o modelo certo para o seu corpo. “Uma menina que tenha menos seio, por exemplo, pode comprar a roupa masculina, que poderá se encaixar melhor em seu corpo, porém, com a estampa que ela gostou”, falou Carolina.

Para o TCC do curso de Moda, os estudantes têm que criar uma coleção para uma marca já existe ou criar uma marca própria. De acordo com as egressas, a ideia da marca Yugen surgiu através do TCC de Marina, onde foi abordado especificamente transgêneros não binários, pessoas que não se encaixam no masculino e feminino. “Na cultura oriental, há muitos mais gêneros do que o feminino e o masculino. Eles não deixam tudo nessa binariedade, então a Marina foi por esse lado, ela foi atrás de nomes orientais que representassem a personalidade da marca”, declarou Rafaela.

Para dar continuidade à marca criada por Marina, as meninas estudaram questões de gêneros e descobriram que no oriente, diferentemente daqui, há muitos gêneros. “São nomes diferentes de gêneros diferentes dos nossos, e a pessoa tem uma estética, tem um modo de se comportar, e ela chama aquilo do gênero dela. Nem tudo é tratado como é tratado aqui no ocidente separado sempre em masculino e feminino”, concluiu Rafa.

Corpo, roupa e identidade são os três pilares da marca. Segue abaixo o vídeo do pilar “corpo”.

Para saber mais informações sobre a marca e acompanhá-la nas redes sociais, clique aqui.

“Acreditamos em um universo ilimitado, em um futuro de corpos livres.”