Nesta semana os corredores dos campi da Universidade do Vale do Rio dos Sinos estavam mais movimentados que o normal. Estudantes da graduação, mestrandos e bolsistas de Iniciação Científica, de diferente instituições do Estado, apresentaram pesquisas na XXV Mostra de Iniciação Científica da Unisinos. Do dia 4 a 6 de junho, muitas salas de aula de São Leopoldo e Porto Alegre foram palco de grandes ideias, projetos em desenvolvimento ou estudos concretizados. Humanidades, Saúde, Indústria Criativa, Direito, Gestão de Negócios e Politécnica foram as áreas de conhecimento presentes.
Em todas as edições é perceptível o aperfeiçoamento dos trabalhos apresentados, assim como o interesse dos alunos no desenvolvimento de novas pesquisas acadêmicas. A professora doutora Cybeli Moraes, coordenadora da Agência Experimental de Comunicação da Unisinos, participa das bancas avaliadoras há quatro anos. “Nós tivemos uma melhoria significativa na qualidade descritiva dos resumos. Estavam muito ricos, com temas atuais, estudos conectados com a realidade. Foi um ganho expressivo de uns anos para cá. Nas apresentações, os alunos estavam bem preparados, mesmo os iniciantes”.
Verônica Torre, estudante de Jornalismo, apresentou o Trabalho de Conclusão de Curso O agendamento de fãs do Comic Con Experience através das redes sociais. “Essa mostra foi uma boa preparação para a banca do TCC”, conta. Ela é bolsista de Iniciação Científica e quer seguir no ramo de pesquisa, assim como no jornalismo cultural. “A pesquisa acadêmica precisa de novos horizontes, uma renovação das teorias. Na iniciação tu és apresentado a teorias de grandes estudiosos que pouco se ouve, até chegar no TCC. João Freire Filho, Henry Jenkins e Pierre Lévy são exemplos fortes disso”, diz Verônica.
Outra graduanda presente na atividade foi Milena Riboli, que apresentou a pesquisa Relações fãs-artistas e os processos de identificação na Cultura Pop. Assim como a colega Verônica, ela tem planos de permanecer com estudos acadêmicos e acredita que a iniciação científica a abriu muitas portas e foi importante ao preparar o TCC. “Pretendo seguir na área, que é com o que melhor me relaciono, acredito. São áreas amplas e sempre estão proporcionando outros pontos de vista e investigações a serem feitas. Então, é isso que torna a pesquisa mais desafiadora e menos monótona também”, comenta Milena.
Envolver-se em eventos como esse são muito relevantes para todos os estudantes, principalmente, para os que estão finalizando o curso, assim como para os professores. Além de conhecer os projetos em desenvolvimento em diferentes instituições de Ensino Superior, novas ideias podem aparecer e inspirar temas neste momento da graduação. “Todo sentido da pesquisa acadêmica é circulação de conhecimento, então a mostra cumpre esse papel. É muito positivo ver intercâmbios entre as instituições e o mais legal é perceber as universidades, os alunos e pesquisadores interessados em temas que precisamos saber hoje em dia”, salienta Cybeli.