Por dentro

#Alliance to Save Energy #comunicação #comunicação digital #Comunicação Social #estratégias sociais #facebook #The Brookings Institution #Twitter #Washington DC
Da Unisinos para os Estados Unidos
""

Como uma forma de retribuição à Unisinos, universidade que a formou, a jornalista Luísa Zottis  voltou às salas de aula na última quarta-feira (25/4) para transmitir conhecimento e dividir experiência. E não são poucas as dicas e conselhos que ela é apta a dar.  

Formada em 2014 em Jornalismo, a jovem largou o emprego de jornalista em uma empresa e, no ano seguinte, foi aos Estados Unidos realizar o sonho de trabalhar no exterior. Embarcou para a cidade de Washington com o marido e a cachorrinha de estimação. “A mãe ficou, a cachorrinha foi comigo”, brincou.  

A coragem para fazer a mudança veio devido ao currículo que criou durante a vida universitária. Quando morava em Porto Alegre fez estágios como assessora de imprensa e trabalhou no escritório de comunicação de uma empresa americana. Ali pôde praticar a escrita em inglês, além de ter contato com os funcionários da sede, nos Estados Unidos.  

A experiência, porém, não lhe garantiu uma vaga em solo americano. Luísa embarcou sem garantia de vaga e em busca de uma nova oportunidade. Ao chegar em Washington, iniciou a procura em empresas locais. Procurou oportunidades que se encaixassem com seu perfil e de acordo com as experiências dela na área. 

Para Luísa, não é impossível conseguir emprego na área de formação fora do Brasil. Basta ter dedicação e foco (Foto: Benoît Colin)

Ela conta que procurou vagas em sites como o LinkedIn e nas páginas das empresas.  “É muito comum as empresas divulgares vagas em seus websites“, afirma. Além do tradicional currículo, com formação e experiências, ela fala que para se candidatas às vagas, é preciso enviar uma carta de apresentação, contando como o candidato se encaixa na função.  

O primeiro emprego na capital norte-americana foi na instituição Alliance to Save Energy. Luísa deu dicas de como conseguir emprego e contou os desafios de competir com os nativos no mercado de trabalho. “A primeira entrevista é geralmente por telefone, o que dificulta. Eu pratiquei muito o meu inglês, falava alto, o dia inteiro, as frases que achava que fosse precisar”, lembra.  

Ela afirma que os brasileiros têm um diferencial, pois conseguem estudar na parte da noite e conciliar faculdade e trabalho, assim, chegam no mercado com mais experiência que os americanos. Atualmente, Luísa é coordenadora de mídias digitais na The Brookings Institution, uma organização de políticas públicas sem fins lucrativos. Lá, ela trabalha com estratégias sociais, relatórios, infográficos e vídeos.  

Brookings é uma instituição que conta com mais de 300 pesquisadores, que têm a missão de investigar e sugerir políticas públicas a nível local, nacional e global. Luísa contou com entusiasmo sobre sua rotina de trabalho na Brookings e compartilhou algumas ferramentas que utiliza diariamente e as quais considera indispensáveis para o trabalho. O site de layouts “Canva“, e o para obtenção de fotografias de domínio público, Unsplash, estiveram na lista, além dos mais conhecidos como PhotoshopIndesign. 

Uma das curiosidades trazidas por Luísa é em relação à diferença entre ao público consumidor de redes sociais nos dois países: “No Brasil utilizamos muito o Facebook e havia a preocupação das reações na rede. Nos estados Unidos, políticos e empresários utilizam o Twitter como forma de interação com o seu público”. 

Alunos de diferentes cursos da Comunicação lotaram o auditório e puderam tirar dúvidas sobre a atuação de suas áreas em específico. Luísa desmistificou a ideia de que é impossível conseguir emprego na área de formação fora do Brasil. Ela deixou a dica de que basta dedicação e foco para atingir objetivos.

Mais recentes