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A parte verde das paisagens urbanas
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Mudar o imaginário sobre cidade e refletir sobre as possibilidades foram os objetivos da mesa 5, realizada sexta (6/4) na Unisinos Porto Alegre durante a Virada Sustentável. Debatendo sobre Cidades e Comunidades Sustentáveis, três painelistas e um público de aproximadamente 40 pessoas interagiram para provar que a cidade é mais do que edificações, concreto e barulho. 

O professor e pesquisador Rualdo Menegat abriu a fala da tarde retomando as ideias das primeiras cidades, as aldeias. Partilhando técnicas e artefatos, elas se organizavam conforme a paisagem e não exploravam a natureza. A população aumentou e as aldeias viraram cidades, mas ainda é possível conviver em harmonia com o ambiente. Nesse sentido, ele ressalta que “o lugar é o que desenha as cidades, não o contrário”. Mas superando as questões locais, Menegat refletiu sobre as cidades serem mais que um espaço físico – elas compreendem aspectos culturais e comunidades. É necessário entender que as pessoas também são parte e influenciam esse ambiente.  Ressaltando a importância da disseminação desse conhecimento, Rualdo afirma “Um dos maiores impulsionadores dessa cultura é a escola”.   

O segundo palestrante, o empresário João Manoel Feijó, explorou a melhor funcionalidade de paredes e muros “verdes”. Mostrou que a vegetação nas construções traz um melhor relacionamento entre as comunidades e o meio em que elas vivem, principalmente aquelas que se instalam na beira de arroios ou em áreas urbanas que tendem a alagar. João é diretor da empresa Ecotelhado, ganhadora de diversos prêmio ambientais, que produz soluções conscientes. O que a lançou no mercado foi o próprio Ecotelhado, que absorve 30% da água da chuva e também é um isolante térmico. 

O último palestrante da mesa, o fotógrafo Marco Antônio Filho, revelou a pequena e interiorana cidade de Tainhas, no Rio Grande do Sul, pertencente à uma antiga rota de comércio de madeira. O vilarejo fica entre São Francisco de Paula e Cambará. Desde que deixou de fazer parte da rota, a população, que antes tinha uma visão de avanço comercial, passou a compreender o tempo de maneira diferente. Lá, o cotidiano é visto de maneira cíclica. As coisas crescem, mudam, se transformam e morrem. Dessa forma, seus habitantes levam a vida, regidos a fases da natureza. 

Com as ideias ainda fervilhando na cabeça após a fala dos painelistas, o grupo se dividiu para apresentar cases de cidades e comunidades sustentáveis. Hortas, escolas, projetos de reaproveitamento e sistemas de trocas baseados no tempo da natureza foram expostos ao grande grupo. Inspirados e motivacionados, o grupo de alunos, professores e profissionais saiu com a certeza que a sustentabilidade é movida pela coletividade. 

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