Youtubers, blogueiros e instagrammers agora respondem por um só nome: influenciador digital. O termo se popularizou nos últimos anos e criou uma categoria para aqueles que produzem conteúdo de forma mais profissional para a web, independente da rede social em que atuam. O mercado de trabalho percebeu os benefícios que esses profissionais trazem e os acolheu, utilizando o poder de impacto de suas mensagens para o benefício das empresas.
As redes sociais democratizaram a produção de conteúdo e a publicidade, assim, todos podem opinar sobre produtos, marcas ou empresas. Esse poder, antes exclusivo de grandes agências midiáticas, agora é vivido diariamente. A opinião, a vivência e o uso são o que dão mais peso para a publicidade produzida pelos influenciadores digitais da normal.
Atualmente, todos nós, em uma escala maior ou menor, produzimos conteúdo para web – o que difere é o modo como este conteúdo é feito. Para a jornalista e proprietária do RS Bloggers, Andressa Griffante, os influenciadores digitais são pessoas que utilizam a rede de forma mais frequente e profissional. “Eles geram engajamento, influenciam outras pessoas a usar ou comprar determinado produto e ganham dinheiro e visibilidade com isso”, complementa.
Andressa afirma que para obter sucesso nesse meio é preciso tratar o tema desde sempre como um negócio e ter em mente a audiência. “É preciso sempre criar visando a audiência, focando nela. Recomendar produtos que realmente tenham te afetado de forma positiva, que tenham relação com com o seu público.”
O segredo é trabalhar em um nicho e se especializar nele. Tentar abraçar todos os conteúdos faz com se caia na normalidade e não haja um aprofundamento real. As chances de sucessos para quem se segmenta mais são maiores. Outras dicas para quem quer ingressar nesse mercado são ser frequente em suas postagens, fidelizar a audiência, produzir conteúdo autoral que tenha opinião e não perder a essência.
O influenciadores têm grande responsabilidade no mercado. A proximidade com o público é maior e assim o impacto também. “A pessoa não vende mídia, ela é a mídia, ausentar-se de sua função não é uma opção, não é como um grande portal que existirá outra pessoa para cobrir o seu trabalho, não há férias”, diz Andressa.
Em um mercado lotado de influenciadores com audiências enormes, os micro influenciadores começaram a se destacar. A última pesquisa Influencers Market do YouPix revelou que uma grande audiência nem sempre significa um grande engajamento, assim quanto mais definido o público há mais chances do marketing funcionar.
“Os micro influenciadores digitais são outro nome para influenciadores digitais regionais, de um nicho muito específico ou que têm uma menor audiência”, fala Andressa. O mercado se beneficia desses profissionais pela sua expertise em seu público, nesse caso existe uma abertura maior de empresas regionais focadas no mesmo ramo do micro influenciador. Os micro influenciadores também são mais baratos do que campanhas formais feitas por agências.
A profissão, porém, ainda está amadurecendo e apresenta algumas dificuldades. Os influenciadores frequentemente não possuem relatórios, notas fiscais e prestação de contas para apresentar e tem que buscar assessoria especializada para isso. A valorização desses profissionais também é algo que algumas empresas deixam de lado. Andressa fala que, muitas vezes, é necessário mostrar às empresas que essa é uma profissão séria, mostrar que uma boa foto, uma postagem, um texto tem muito trabalho por trás, que leva tempo e que é necessário pagamento justo.