A pesquisa realizada pelos estudantes da disciplina de Pesquisa de Mercado, da Escola da Indústria Criativa, já tem os seus resultados divulgados. Iniciada em setembro, o trabalho foi produzido por alunos dos cursos de Publicidade e Propaganda e Relações Públicas e foi realizado em três etapas.
O primeiro passo foi fazer um levantamento exploratório, buscando pesquisas já realizadas sobre o tema. Após isso, foi desenvolvida uma abordagem quantitativa por meio de um questionário, que foi divulgado em parceria com a Associação Riograndense de Propaganda (ARP). Por fim, foi feita a etapa qualitativa, em que foi possível aprofundar temas como saúde mental e hábitos de consumo durante a pandemia causada pelo novo coronavírus.
Foram entrevistados, na etapa quantitativa, 214 profissionais, dos quais 205 vivenciam ou já passaram pelo home office. A abordagem contou com diversas questões a respeito dos processos que envolvem o home office, como a adaptação, o auxílio oferecido pelas empresas, os comportamentos de consumo e até o impacto na saúde mental dos profissionais.
Os resultados trouxeram um interessante panorama sobre a adaptação dos profissionais a este novo contexto, como conta a professora responsável pela disciplina e também coordenadora do curso de Relações Públicas da Unisinos, Taís Flores da Motta: “Podemos ver que esses profissionais conseguem manter uma boa entrega e relação com os cliente, porém são afetados pelas questões emocionais, principalmente, por causa da pandemia”, explica.
Para os estudantes da disciplina, além do aprendizado, a pesquisa trouxe alguns desafios: “Apesar de toda a dificuldade por causa da pandemia, para contatar as pessoas e tudo o mais, achei todo o processo bem produtivo…acho que a pesquisa ficou bem boa”, comenta a aluna do 3º semestre de Relações Públicas, Laura Justo.
Confira abaixo os resultados do estudo:
Mais de 90% notaram mudanças em relação ao seu padrão de consumo.
Em relação aos aspectos da comunicação entre os profissionais, a pesquisa constatou que não houveram grandes mudanças, tanto em relação aos feedbacks, quanto em relação aos vínculos comunicacionais.
A maioria dos entrevistados relataram baixa em relação à produtividade (41,5%), porém, um número significativo afirma ter tido um aumento (36,6%).
65% dos entrevistados relatam que houve um aumento em sua carga horária de trabalho, sendo que 60% também afirmam não ter recebido nenhuma ajuda em relação à estrutura necessária para realizar o trabalho de casa.
Porém, mesmo com essas informações, 59% dos entrevistados afirmam que não buscam nenhum tipo de ajuda para lidar com esses sentimentos e estas situações neste período tão adverso.