A Escola da Indústria Criativa marcou presença em mais uma edição do Conexão Pesquisa. Realizado neste ano de forma totalmente online, o evento contou com diversos eventos integrados, dentre eles a XXVII Mostra Unisinos de Iniciação Científica e Tecnológica e o III Colóquio de Linguística Aplicada/II Compartrilhando Letras.
Para a professora do curso de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação da Unisinos e de vários cursos da Indústria Criativa, Maria Clara Aquino Bittencourt, o evento uniu diversas atividades para destacar a pesquisa realizada na universidade: “Superou as expectativas, permitindo aos novos e futuros pesquisadores mostrarem do que são capazes”, ressalta a professora, que também integrou o grupo de avaliadores das bancas. Já os futuros pesquisadores tiveram um duplo desafio neste ano. Além de apresentar suas pesquisas aos avaliadores, eles tiveram que fazer isso a distância.
A estudante do 5° semestre de Jornalismo, Marília Melo Port, apresentou sua pesquisa “Midiatização do Coronavírus: Circulação de sentidos na mídia impressa gaúcha”. A proposta da pesquisa é investigar a cobertura jornalística no RS durante os seis primeiros meses da pandemia, com o objetivo de mapear os ângulos, abordagens e estratégias desenvolvidas nos textos.
Marília conta que foi sua primeira vez como pesquisadora em frente a uma banca: “Fiquei inicialmente nervosa, mas é maravilhoso dedicar meses para algo que acredita e ter a oportunidade de apresentar o teu trabalho. Estava um pouco tensa, mas fui muito bem guiada pelo meu orientador”, revela.
“Educação popular e educomunicação – Reflexão sobre teorias latino-americanas” foi a pesquisa apresentada pelo Wallyson Moreira, do 8° semestre de Publicidade e Propaganda. Segundo Wallyson, a ideia da pesquisa é investigar e compreender os usos e apropriações das mídias digitais nos processos educomunicativos por sujeitos de cursos pré-vestibular populares e analisar sua relação com a constituição de cidadania comunicativa.
Esta já é a terceira apresentação do estudante na mostra. “Apesar de haver banca e você ser avaliado, estamos em um espaço que é próprio para o desenvolvimento e compartilhamento. Vejo que é um local muito importante de socialização do conhecimento e de ‘feedbacks’ e questionamentos riquíssimos dos professores”, corrobora Wallyson.
“Foi estranho, mas no bom sentido. Uma coisa totalmente nova” revela Mariana Necchi, do 6° semestre de Jornalismo, sobre a experiência de apresentar, pela primeira vez, sua pesquisa. A estudante comenta que, na sua visão, fazer iniciação científica é enriquecedor para a formação acadêmica.
Intitulada “Processos comunicacionais alternativos na América Latina”, a pesquisa de Mariana é multidisciplinar e procura abordar, de forma teórica-metodológica e bibliográfica, com base em artigos e pesquisas de referência, alguns conceitos comunicacionais na América Latina. Dentre estes, estão os de sujeitos comunicantes, processo de receptividade comunicativa e educomunicação.
Já Bruna Bach, do 6° semestre de Publicidade e Propaganda, teve como tema de pesquisa “Empatia em tempos de crise: análise da atuação publicitária de bancos e instituições financeiras durante o período de isolamento social no Brasil”. O projeto consiste na análise de campanhas publicitárias dos bancos e fintechs mais ativos comunicativamente no cenário brasileiro. A ideia de Bruna partiu após algumas observações de que esses processos haviam mudado, devido a pandemia e ao isolamento social.
A estudante revela que ficou muito nervosa em sua apresentação: “Parecia mesmo que eu estava apresentando um TCC.” O Conexão Pesquisa foi a primeira experiência de Bruna em mostras científicas.