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Primeira memória do MAC-RS
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A conclusão se deu no final de semana em que também se comemorou o Dia Nacional dos Arquitetos e Urbanistas. Os estudantes do 4° semestre da Unisinos, juntamente com alunos da Feevale, Uniritter e Ulbra, puderam expor os projetos criados para a nova sede do MAC-RS a partir do terreno que a Secretaria Estadual de Cultura disponibilizou. Em agosto, o Mescla esteve com essa mesma turma na primeira visita ao local, quando os estudantes puderam conhecer o espaço com o qual iriam trabalhar. 

O evento, na tarde de sábado, reuniu membros da Associação Amigos do Museu de Arte Contemporânea (AAMAC), o presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio Grande do Sul (CAU/RS), a secretária de Cultura do estado, alunos e professores das universidades envolvidas. Da Unisinos foram 20 trabalhos selecionados das turmas de São Leopoldo e Porto Alegre. Como explicou a professora Karen Haas, mestre em Planejamento Urbano, os estudantes escolhidos fizeram uma prancha síntese, que é uma apresentação resumida da ideia com plantas baixas da estrutura, o entorno do ambiente e perspectivas. 

As pranchas síntese das turmas foram expostas com as explicações dos projetos (Foto: Bruna Lago)

Conforme o arquiteto Márcio Carvalho, presidente da AAMAC, o próximo passo é aproveitar essa rede e ir atrás da consolidação do projeto de captação de verbas junto ao Governo Federal .  “Uma vez feito isso, o MAC passa a ter uma vida de exposições e um relacionamento com a comunidade. Isso é um prelúdio do concurso público de arquitetura para a ocupação em potencial do uso efetivo do terreno”, explicou Márcio. Os projetos dos alunos serão, no futuro, a base do edital para esse concurso público. 

Segundo o diretor do MAC, André Venzon, a ideia da  AAMAC e da Secretaria de Cultura é transformar a mostra dos projetos em uma exposição itinerante, “Da parte da universidade estamos abertos a continuar esses estudos”, concorda a professora Karen. “É uma decisão ainda a ser tomada em relação ao semestre, já que nossos trabalhos vão estar sendo vistos por mais pessoas, multiplicando esse olhar sobre um projeto que é tão importante.”

Um dos trabalhos selecionados foi o do estudante Israel Borges, que também esteve presente para acompanhar o evento. “A gente chegou aqui no começo do semestre e viu um desafio muito grande. Não saía da minha cabeça: como vamos solucionar isso? Ainda mais que estamos no início do curso, em comparação com as outras universidades que participaram. Ver que alcançamos nosso objetivo da mesma forma que eles é bastante gratificante”, conta o aluno. Segundo Israel, as turmas da Unisinos tiveram o cuidado de trabalhar com o terreno já disponível, sem depender de futuras negociações com os terrenos vizinhos. 

Os alunos da Unisinos receberam certificados de participação e de Distinção Acadêmica para os projetos selecionados (Foto: Bruna Lago)

“O que me orgulha muito é ver o movimento que a gente conseguiu criar ao longo desses seis meses em torno da ocupação do museu”, comemora o presidente da AAMAC. “Não só uma ocupação física, como a gente vê hoje, mas uma ocupação emocional, uma ocupação afetiva. Muitos alunos que participaram desse exercício sequer conheciam o MAC, e hoje têm afeto, têm carinho e estão orgulhosos disso.” 

Essa ligação é um passo importante na criação do museu. “Não é só um espaço físico, mas um espaço afetivo, cultural. E para ser bom para todos, deve ser construído por todos e ocupado por todos”, completou Márcio. “Mais adiante teremos o concurso, outros projetos participando, mas esse momento já é a primeira memória do novo MAC.”

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