Pesquisa acadêmica não é algo feito só em final de curso. É isso que busca mostrar o evento “Pesquisa Científica pode ser Legal”, organizado pelo curso de Gestão para Inovação e Liderança (GIL). No dia 4 de dezembro, os alunos da oficina “Projeto de Pesquisa e Aprendizagem” irão falar sobre as descobertas feitas no segundo semestre da graduação. Eles terão dez minutos para abordar as dificuldades e os resultados, em um encontro que irá acontecer às 10h da manhã no Espaço Coworking Santander, na Clarabóia da Biblioteca.
O Prof. Ms. Alexandre Pereira é organizador do evento e destaca que existem vários objetivos por trás da iniciativa. Os alunos, por exemplo, têm a oportunidade de criar pesquisas por si, buscando temas e problemas da vida real. O professor diz que outro objetivo é “desmistificar a questão de que pesquisa acadêmica é chata. O desafio é construir artigos com muito Action Learning (aprender fazendo) e processo de construção colaborativa”, diz.
Os alunos que participarão da iniciativa devem falar sobre suas pesquisas em um formato de pitch, sendo uma apresentação rápida e dinâmica. “Trata-se também de um processo de autoconhecimento e reconhecimento destes jovens protagonistas no cenário acadêmico”, conta Pereira. Os estudantes são livres para utilizar estratégias de storytelling e recursos visuais.
Projeto permite pesquisar o que se gosta
Coordenador do curso, o Prof. Marcelo Fonseca destaca que os alunos podem atuar na pesquisa utilizando de assuntos que sejam motivadores para eles. A maior vantagem da atividade, segundo Fonseca, é essa primeira relação com o mercado que querem atuar. “Eles têm que estabelecer contato com a realidade, se preparar para entrevistar executivos e consumidores. É uma verdadeira transição do colégio para a universidade”, conta.
Devido à pouca idade e experiência da maioria dos alunos, que têm em média 17 anos, existem dificuldades que surgem no decorrer do processo. “No primeiro momento, parece difícil. São muitas informações que surgem e possibilidades que se abrem. A escolha da metodologia ajuda nesse sentido”, observa Fonseca. A atividade, porém, permite descobrir o prazer em pesquisar e aprender, além de preparar para o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC).
As atividades com pesquisa acadêmica são uma presença constante no GIL. A Profª Drª Cristina Seibert Schneider também atua com as turmas e conta que as atividades voltadas às descobertas são o cerne do processo formativo da graduação. “Uma das referências para a construção deste curso é o princípio da transdisciplinaridade. Nesta perspectiva, a pesquisa busca uma visão mais sistêmica dos processos e autonomia intelectual dos acadêmicos”, explica. Cristina destaca que a postura investigativa é uma das características mais distintivas do curso.