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Competição de Pontes de Bambu ganha quarta edição
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A IV Competição Estudantil de Pontes de Bambu ocorreu na Unisinos campus São Leopoldo entre os dias 13 e 14 de novembro, no Auditório Central da universidade. A vencedora de 2018 foi a ponte “Alysson Pastrana”, dos alunos da Engenharia Civil Analidia Ligabue, Daniele Locatelli, Fernando Vaz, Luís Farias e Pâmela Bregalda. O nome da ponte é uma homenagem ao colega de curso, que faleceu num acidente durante um campeonato de skate no Rio de Janeiro. 

No primeiro dia de evento, as pontes foram recolhidas, pesadas e medidas para verificar se estavam de acordo com o edital. No segundo, as estruturas foram testadas para avaliar a resistência, a economia de recursos e a estética. Foram três pontes vencedoras, e os prêmios: troféus, medalhas, calculadoras profissionais e livros. 

Competidores acompanharam os testes de todas as pontes inscritas. Foto: Gabriela Stähler/Mescla

 O processo para criar uma ponte 

Estudante da Engenharia Civil, Nataly Toma está na comissão pelo terceiro ano consecutivo. Ela conta que o edital foi lançado no início de outubro, então os grupos tiveram cerca de um mês e meio para projetar e construir as pontes. Este ano, porém, apesar de ter a mesmas regras, o evento atraiu menos projetos. “Comparando com o ano passado, o número de inscritos diminuiu, antes a gente tinha mais de trinta, esse ano teve 28”, conta. 

A estudante também já projetou uma ponte de bambu para a competição e gastou cerca de cem reais para a construção. “Foram quatro ou cinco pacotes de palitos mais a cola”, relata Nataly. A inscrição para participar, porém, não exigia dinheiro, assim como nesse ano. Era necessário somente doar alimentos ou roupas para o grupo Engenheiros sem Fronteiras, que entrega esses materiais para instituições da região do Vale do Sinos. 

Quem participou da competição 

Nataly conta que estudantes de qualquer semestre de Engenharia Civil ou Arquitetura podem se inscrever, desde que estejam dentro de um grupo de cinco pessoas. “Desde o ano passado, liberamos para ter um aluno da Arquitetura por grupo. Eles também aprendem sobre estruturas, mas contribuem mais com a questão estética”, diz a estudante.  

Além de permitir a participação de diferentes cursos, a competição aceita alunos de todas as universidades. Em 2018, o único grupo que não era composto de alunos da Unisinos veio da Universidade de Passo Fundo. Outro ponto ressaltado por Nataly é que os grupos costumam se inscrever no evento mais de uma vez: “tem gente que não ganha e participa de novo, ou então que vence e concorre de novo para ter melhores resultados”. 

A participação promove o desenvolvimento dos alunos, que vão ficando melhores em prever a carga máxima de suas pontes. Um fato inédito aconteceu nessa edição, em que um grupo acertou a carga máxima exata de seu projeto (50kgf). Entretanto, a precisão dos cálculos não levou o projeto ao time de vencedores, pela pouca resistência da estrutura. A ponte, chamada Felícia, foi uma homenagem à gata de uma das participantes. 

Pontes, antes dos testes, no primeiro dia de evento. Foto: Gabriela Stähler/Mescla

O que dizem os primeiros colocados 

Os criadores da ponte Alysson Pastrana contam que gastaram R$ 280 para a realização do projeto e concluíram a construção em dois encontros, na casa de um dos colegas. A carga máxima da ponte, que garantiu a vitória, foi de 476,04 kgf. “A maioria do grupo nunca tinha participado da competição, só o Fernando Vaz que está pela terceira vez”, conta a estudante da Engenharia Civil, Pâmela Bregalda. 

Grande parte dos integrantes está na metade do curso, que proporciona poucas experiências práticas como essa competição. A participante do grupo Daniele Locatelli recomenda que os alunos que se inscreverem no próximo ano tenham muita dedicação e paciência para fazer um bom projeto. 

A ponte Crystal Bridge ficou em segundo lugar na competição, com carga máxima de 452,3 kgf. O grupo participou pela segunda vez do evento, trocando apenas um integrante da equipe. “A primeira ponte que construímos (no ano passado), teve uma carga máxima de apenas 64 kgf”, conta a participante Brenda Soares. A estratégia utilizada pelo grupo para essa mudança foi o “uso de softwares especializados para projetar e estudar além do que é ensinado nas disciplinas de Análises Estruturais”, diz o estudante Fernando Coutinho.  

A próxima edição da Competição Estudantil de Pontes de Bambu irá acontecer no final de 2019 e os alunos precisam ficar atentos ao lançamento do edital. O projeto conta com uma página no Facebook para divulgação de informações.

Confere aqui os melhores momentos do evento:

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