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“Entrevistaço” mostra a trajetória de Luis Fernando Veríssimo
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Em comemoração à Semaníssima, a Rádio Unisinos apresentou ao público uma entrevista com o escritor Luis Fernando Veríssimo, chamado de “Entrevistaço”. O autor respondeu perguntas feitas pelos estudantes da Unisinos. Na terça-feira (25), no Campus Unisinos Porto Alegre, o público conheceu mais da carreira e trajetória do escritor gaúcho. 

Veríssimo recebeu a equipe de filmagem em casa. As perguntas respondidas por ele focaram na vida pessoal e trajetória profissional. Ele contou que começou na carreira de escritor ainda adulto, com 30 anos. Mas já considerou ser historiador, arquiteto e músico. Hoje, além de escrever, ele trabalha como cartunista. 

Perguntado sobre a inspiração para a escrita, Luis Fernando Veríssimo explicou que a tela do computador é a ferramenta principal para estimulá-lo, ressaltando a necessidade de cumprir os prazos dos veículos de comunicação. Além da escrita, o autor acredita que os cartuns são “uma forma de criatividade superior ao texto”, uma forma de comentar os fatos. 

Sobre a Ditadura Militar, disse que os jornalistas já estavam acostumados a ter que ocultar alguns assuntos. “Na Zero Hora, em 1969, durante o governo Médici, a gente já havia se acostumado a ter que escrever nas entrelinhas. Foi apenas no fim da censura que os assuntos deixaram de ser vistos como tabu”, relatou Luis. 

Luis contou que enquanto viveu nos Estados Unidos, entre os anos de 1953 a 1956, teve influências de escritores norte-americanos e britânicos, mas sem deixar de lado nomes de cronistas brasileiros. Foi lá que passou a admirar o gênero musical Jazz: “Eu era muito fã do Louis Armstrong, a partir dele me interessei pelo saxofone. Sempre tive essa vontade de brincar com o Jazz”, relembrou o autor. 

Com a tecnologia, Luis Fernando Veríssimo acredita que hoje há mais jovens lendo do que antigamente. Apesar de se considerar desatualizado por não ter um celular, há no escritor expectativas sobre a leitura: “O futuro é claramente dos e-books. Todos os dias, livrarias fecham pela falta de clientes interessados no tradicional. É uma revolução tecnológica”, explicou Luis. 

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