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#TEDxUnisinos: Guilherme Massena
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Uma ideia sustentável e inovadora foi o que Guilherme Massena, junto de seu irmão Augusto Massena e do primo Eduardo Hommerding, colocaram em prática. Para um trabalho de faculdade, em 2013, foi criado o primeiro protótipo de carteira ecológica feita de um material semelhante ao papel. Mais tarde, em 2016, Guilherme e o grupo fundaram a empresa Dobra, que fabrica carteiras de diversos tamanhos e, atualmente, porta-passaporte, camisetas e tênis. O empreendedor é um dos palestrantes do TEDxUnisinos, que ocorre no dia 17 de agosto no Teatro Unisinos, em Porto Alegre.  

Na época, o propósito do trabalho de aula dos então estudantes de Administração era elaborar um produto inovador. Inspirados em peças feitas de Tyvek, material parecido com papel, resistente a rasgos e água, surgiu o primeiro protótipo da carteira. Foram três anos de estudo para aperfeiçoar a produção, até que, em 2016, a Dobra se tornou realidade. 

“Existem várias barreiras porque o nosso país ainda é muito atrasado em relação ao mundo, principalmente em relação aos negócios”, enfatiza Guilherme. O jovem conta que é preciso amar o negócio e estar disposto a trazer mudanças para a sociedade. “Quando falo em barreiras, falo nas que atrasam as leis e dificultam o crescimento das empresas”, explica. Outra dificuldade encontrada é o transporte do produto. “O frete é um problema, tanto pelo preço quanto pelo prazo.”  

A forma de gestão é completamente diferente das empresas tradicionais e pode causar estranheza num primeiro momento. “A gente faz de um jeito diferente na Dobra, uma política de salários bem polêmica”, fala. O modelo é horizontal e consiste em igualdade salarial para todos os membros, desde os fundadores até quem entrou há pouco tempo na equipe. Nas decisões, o voto de todos tem o mesmo peso. Dessa forma, Guilherme acredita que seja colocada em prática a ideia de todos serem donos e responsáveis pelo sucesso do negócio. “Essas hierarquias, além de nos incomodar, causam uma baita demora na informação, porque vira um telefone sem fio, uma burocracia que só prejudica o bom e rápido andamento do trabalho”, salienta.   

A visão sustentável da Dobra veio da constatação de um colapso mundial. Segundo Guilherme, o que existe é um mercado doente visando apenas o lucro, com o capitalismo desenfreado e pessoas egoístas. “Uma empresa precisa ter esse pensamento macro de sustentabilidade. Se não nascer com esse viés, está fadada a morrer. Logo, uma organização que investe em todos, pensando no bem real dos funcionários e dos clientes, tem mais chance de perdurar e sobreviver para continuar fazendo o bem”, finaliza. “Acho importante esse foco em impacto positivo, pois representa mudança de mundo egocêntrico pra um mais “ecocêntrico”.  

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