Aos 28 anos, Filipe Roloff, utiliza seu trabalho com diversidade e inclusão LGBT para construir pontes no mundo corporativo. Em 2017, integrou a lista dos 50 futuros líderes LGBT do mundo, publicada no jornal britânico Financial Times. Antes disso, ficou entre os 100 finalistas do concurso RAHM, que reconhece os novos líderes LGBT globais, na Alemanha. Roloff é um dos palestrantes do TEDxUnisinos, que ocorre no dia 17 de agosto no Teatro da Unisinos, em Porto Alegre.
Formado em Comércio Exterior pela Unisinos em 2013, encontrou na SAP Labs América Latina um ambiente inclusivo, diferente de suas experiências anteriores. “Quando eu entrei na SAP, já estava motivado por estar em uma empresa mais mente aberta e inovadora”, conta Roloff.
Em 2012, passou a integrar o grupo Pride@SAP – uma equipe interna que busca a conscientização dos funcionários para a inclusão LGBT – e, em 2016, tornou-se líder da equipe. Filipe construiu sua trajetória na empresa em paralelo ao ativismo. Hoje, ocupa o cargo de consultor de sucesso do cliente na SAP.
Trabalhar com diversidade e inclusão LGBT no Brasil, país com alto índice de criminalidade contra a comunidade no mundo, é tarefa árdua, mas encorajadora para Filipe. “Eu encontro mais propósito no meu trabalho e crio laço afetivo com a empresa. A motivação é fazer com que a gente tenha um ambiente mais inclusivo dentro da empresa e fora dela. Espero que a gente consiga, por meio deste trabalho, mostrar o caminho certo à outras empresas”, acredita.
Fora da SAP Filipe integra outros projetos e grupos de diversidade, como o LGBT Summit – um evento que une empresas com foco na diversidade LGBT no estado gaúcho. Ele lidera também o projeto Pride Connection no Brasil – grupo que surgiu no México, em 2014, com o objetivo de ajudar outras organizações a desenvolver grupos de diversidade e trabalhar o assunto. “Hoje o Pride@SAP é um dos grupos mais reconhecidos em relação à inclusão LGBT no Brasil. Temos trabalhado para dar o exemplo”, conta.
Ele acredita que o futuro do corporativismo é apostar no que chama de sustentabilidade das relações e recursos humanos. “A inclusão da diversidade vai muito além de simplesmente diminuir preconceito na sociedade, mas trabalhar pra que tenhamos sustentabilidade nas relações criando ambientes de oportunidades iguais e possibilidades de crescimento a todas as pessoas “.
No TEDxUnisinos, Filipe falará sobre sua trajetória pessoal, demonstrando que é possível ligar diversidade e inovação, criando um ambiente mais inclusivo nas empresas. “Trabalhar em um ambiente assim fez toda a diferença pra mim. Com o tempo, outras pessoas estão começando a escolher onde trabalhar baseado em quão inclusivo o ambiente é. Mais do que procurar por inovação e diferentes possibilidades de carreiras, e sim por saber que vão ser acolhidas e se sentir bem nesse ambiente”, relata.