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Uma virada de cores, música e sustentabilidade
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Texto: Kellen Dalbosco e Gabriel Aita Ost

Porto Alegre acordava lentamente na manhã de sábado (dia 7/4) quando a Casa de Cultura Mario Quintana começava a movimentar-se. O sol batia tímido no Jardim Lutzenberger, terraço do edifício cor de rosa, quando um biólogo entrou para fazer a manutenção do local. No hall, a exposição “O Rio na Casa” dava boas vindas àqueles que encaravam os incontáveis lances de escada para vê-la.  

As 24 fotos que mostram a Capital a partir da vista dos barcos Cisne Negro e Catamarã, registram as paisagens vistas sob o olhar do Guaíba. O projeto de Leonardo Selister e Cláu Paranhas mostra a importância daquela que os autores chamam de “o bem mais precioso e ameaçado do planeta: a água”. O ensaio também chama a atenção para a presença do rio que banha Porto Alegre.  

Foram dezenas de atividades no sábado pela manhã, algumas simultâneas. Quem descia para o térreo não teve tempo para descansar. Logo no hall de entrada da Casa, os atores do Oigalê Teatro de Rua agitavam o público com badulaques e cantoria.  Cheios de cores e músicas, o grupo abordou a importância da valorização da água. Eles prenderam a atenção de quem passava por lá e deixaram uma mensagem “o futuro não é raio lazer e naves voadoras, o futuro é água”.  

No lado de dentro, as salas foram tomadas por debates e conversas inspiradoras sobre educação, meio-ambiente, consumo, produções sustentáveis, mercado de trabalho e outros assuntos. Entre o público presente estavam empresários, educadores, estudantes e comunidade em modo geral, se revezavam trocando ideias e experiências.  

Ao final da manhã, quando o sol já estava a pino e a cidade no ritmo costumeiro, o grupo BatuKatu se apresentou no Palco Líberty, montado na calçada da Rua 7 de Setembro. O projeto, que se denomina como um “Núcleo de Estudos e Vivência em Música Corporal”, usa os corpos dos artistas como percussão e suas vozes como melodia. O resultado foi um público engajado, que participou da apresentação cantando, batendo palmas e dançando.

Crianças, adultos e idosos se encantaram com a música do grupo e mesmo os de passagem paravam em frente ao palco. A apresentação, que teve direito até à roda de ciranda, trouxe, nesta ocasião em especial, fragmentos de composições famosas de artistas brasileiras, como forma de homenagem à mulher. Eles buscaram abordar a problemática da violência e do desrespeito à população feminina e pregaram a igualdade, independentemente de cor, classe ou gênero.  

A Virada Sustentável deixa saudades na cidade, que pela terceira vez recebeu o evento. O que fica são ideias fervilhando e anseio por mudanças. 

 

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