Terra de lendárias figuras do cinema e da música, o estado norte americano do Texas embala o imaginário de seus visitantes. É na cidade de Austin que a figura do Cowboy se mistura com um dos maiores festivais de inovação do mundo. O SXSW – South by Southwest – teve início em 1987, justamente para discutir o cenário musical da região. Nos anos que se seguiram, novas tendências entraram em pauta. Mídias digitais e tecnologia foram tomando conta das discussões. Para se ter uma ideia, no ano de fundação do festival, o CD era uma inovação na área musical, hoje, um dos assuntos mais trabalhados no SXSW foi inteligência artificial.
Ligado na história e principalmente nas tendências lançadas todos os anos no festival, o aluno do curso de Comunicação Digital da Unisinos Shahin Nasrabadi viu no curso de extensão e intercâmbio para o SXSW, promovido pela Unisinos, a oportunidade de ver de perto o que há de novo no mundo da tecnologia. “Quando fiquei sabendo que ia rolar esse curso, já fiquei pilhadão. É um lugar para ver onde o futuro tá indo e de que forma a gente pode se preparar para direcionar nossas ideias e pensamentos para essas tendências”, contou. O próximo passo foi programar o quesito financeiro e arrumar as malas.
Foram centenas de eventos integrando a programação do festival e acontecendo simultaneamente no SXSW. São diversos pontos da cidade recebendo atrações, o que exigiu muita organização por parte dos participantes. Apesar de integrar um grupo de alunos e professores, Shahin comentou que é preciso pensar em uma organização “por conta”, focando nos interesses pessoais de cada um. “Muitas vezes o pessoal do grupo se dividia, cada um ia para uma palestra ou painel diferente e depois a gente trocava uma ideia”
Além da participação efetiva nos painéis e discussões, a troca de ideias nos bastidores proporciona muita informação e troca de conhecimento entre os participantes. No depoimento de Shahin não foi diferente. Ele contou que, apesar da organização divergente de cada um, rolou muita conversa sobre os tópicos abordados. “A gente conversava a respeito do que viu, previsões para o futuro, se é assustador ou não. Enfim, foi muito bacana essa troca de experiências com a gurizada”.
A bagagem do estudante voltou para o Brasil um pouco mais pesada do que foi, e não é culpa dos brindes e compras feitas por lá! O festival que lançou empresas como o Twitter, Airbnb e Wikipedia, foi uma fonte inesgotável de conhecimento e é este aprendizado que volta para casa com ele. “A cada palestra ou painel, a cabeça saia pipocando de tanta ideia de aplicação pra fazer nos nossos projetos pessoais e trabalho de conclusão, enfim, realmente ver pra aonde a tecnologia tá nos levando, o comportamento das pessoas e tudo mais”. “Toda a vez que a gente viaja a gente tem uma visão de mundo diferente, vai abrindo os horizontes”, garantiu.