(Texto: Eduarda Bitencourt e Fernanda Bierhals)
Chegando 63ª edição, a Feira do Livro de Porto Alegre afirma que todos têm tempo para ler. Com trechos de livros espalhados por paredes e marca páginas, mais de cem estandes, área internacional e infantil, tenda de autógrafos, palestras, cosplays, debates e exposições, o clima é de cultura, troca de histórias e novas possibilidades.
As crianças são o foco em grande parte da feira, o QG dos pitocos traz diversas contações de histórias e teatros para pequenos. Além das encenações, cosplays e bonecos divertem e são foco das selfies das crianças e de alunos visitantes. A área infantil contém 13 bancas exclusivas, porém a maioria das bancas também possui livros com essa temática.
Para os estudantes da Escola da Indústria Criativa a dica fica por conta das editoras universitárias e sebos. As duas áreas possuem corredores separados na feira, e em cada uma há diversos estandes. Livros sobre Jornalismo, música, Marketing, Fotografia, Design e relacionamento são encontrados com preços acessíveis e em diversas opções.
A tecnologia também está onipresente no ambiente da feira. O “Game da Feira” foi lançado no espaço do conhecimento Petrobrás e pode ser baixado por todos. O app libera mais de 40 perguntas e desafios exclusivos enquanto você se desloca pelo espaço em que os livros estão dispostos. Ao final da feira, os que obtiverem a maior pontuação ganharão livros. A realidade virtual também marca presença no espaço da Caixa Econômica Federal. Através da tecnologia 3D, se vive uma experiência realista mundo do livro “3 meses no Século 81” e no final da atividade você ganha o primeiro capítulo do livro e um código para baixa-lo na íntegra.
Banco de livros ultrapassa um milhão de arrecadações
Também durante a Feira do Livro de Porto Alegre, o Banco de Livros promove a campanha de arrecadação na Praça da Alfândega. A iniciativa, vinculada ao Sistema FIERGS, surgiu em 2009 e, até o momento, já arrecadou cerca de 1 milhão e 102 mil livros.
Com a pretensão de diminuir as desigualdades sociais e culturais através da leitura, o Banco de Livros também integra a Fundação Gaúcha dos Bancos Sociais. Atualmente, o projeto atende 792 instituições, para as quais já foram distribuídos mais de 430 mil livros doados.
Neli Miotto, bibliotecária responsável pelo Banco de Livros, fala o processo de curadoria após a arrecadação. “Os livros passam por uma higienização e depois uma seleção, onde são mais direcionados para o público de cada instituição”, explica. Para ela, a movimentação durante a Feira do Livro é satisfatória. “A comunidade tá trazendo bastante material, aderindo ao projeto, Nos últimos dias a gente já arrecadou uma quantidade significante”, observa a bibliotecária.
O projeto fornece subsídio literário para asilos, presídios, hospitais, abrigos, casas de passagem e postos de saúde. Além disso, a iniciativa está presente junto à unidades de transporte público do Estado. Na hidroviária de Porto Alegre, é possível encontrar a Biblioteca do Cais, que disponibiliza livros para leitura durante a travessia do Catamarã. Ainda na Capital, os bibliotáxis circulam com livros fornecidos pelo projeto, enquanto a Rodoviária se prepara para inaugurar uma nova biblioteca. O Banco de Livros também expande para a Região Metropolitana através do Trensurb e do projeto Livros Livres, que fornece material literário nas estações de trem.
Até o dia 19 de novembro, livros podem ser doados diretamente na Praça da Alfândega, no decorrer da Feira. Os pontos de coletas estão localizados em frente ao balcão de informações e no estande ao lado do QG dos Pitocos, na Área Infantil. Após o evento, as arrecadações acontecem nos estacionamentos da rede SafePark, nas Lojas Redelar, e na própria sede do Bando de Livros, localizado no bairro Sarandi, em Porto Alegre.