Durante o TEDxUnisinos 2017, a relação ética no processo evolutivo das máquinas foi assunto pautado na palestra de Jean-Cristophe Bonis, sócio-fundador da agência Oxymore, que pesquisa tendências de comportamento e consumo.
A tecnologia molda nosso futuro. Conforme passam os anos, a ciência segue no desenvolvimento de técnicas modernas, capazes de facilitar e melhorar as condições de vida dos humanos. Bonis, que se auto-define futurista de profissão, defende que a tecnologia é capaz de afetar culturalmente a sociedade, em nível global. E os resultados estão presentes não apenas nos aparelhos digitais de entretenimento e informação, mas também na evolução genética.
“Tecnologia precisa de ética”, defende o francês. Ele prevê que o principal desafio da ciência é de agregar princípios morais com processos evolutivos, a fim de que o relacionamento entre homem e máquina seja vantajoso para ambos. “ Estamos tendo melhorias técnicas, mas não estamos dando consciência às máquinas”, argumenta Bonis. “Precisamos ensinar a tecnologia o que é bom e o que é mal, o que é certo e o que é errado”, completa.
Como exemplo, Bonis trouxe a perspectiva de que, em 50 anos, a tecnologia vai avançar principalmente em aspectos relacionados à ciência e a concepção humana. Avanços em pesquisas da área da saúde tendem a aprimorar o genoma humano, corrigindo possíveis falhas no DNA. Através disso, existe a possibilidade de aprimorar o intelecto humano. A possibilidade de evolução da nossa espécie, guiada por processos tecnológicos, é o principal argumento para alinhar ética à máquinas modernas.