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Diego Leite de Oliveira
"“A partir do momento que tu tens domínio sobre alguma coisa, tens autonomia para fazer o que quiseres”"
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(Texto: Nicole Fritzen)

No primeiro momento, o olhar tímido e o ar introspectivo escondem a personalidade marcante de Diego Leite de Oliveira. “Desculpa se eu fugi um pouco do assunto, não sei se era bem isso que tu esperavas como resposta”, explicou, logo na primeira pergunta. Aos 27 e formado em Realização Audiovisual, ele não esconde a admiração pela área da Filosofia, tanto que escolheu o curso para ser a segunda graduação.

Desde pequeno, Diego é fascinado por histórias e na infância as brincadeiras preferidas eram aquelas que envolviam fantasias. “Gostava de tudo que envolvesse imaginação e criatividade. Fazer uma simples pedra virar uma espada, por exemplo, criando todo um exercício de imaginação, me fascinava”, comentou. Durante grande parte da infância, ele viveu no interior, na cidade de Taquari, de onde guarda boas lembranças.

Logo que se formou no ensino médio, decidiu fazer vestibular para o curso de Realização Audiovisual, onde se identificava principalmente com a roteirização. “Minha ideia inicial ao ingressar no curso era me tornar um roteirista”, relembrou.

Foto: Arquivo Pessoal

Em 2015, começou a trabalhar na TV Unisinos, onde foi editor de vídeo. Paralelamente a isso, ele se engajava em projetos na área do Cinema. Juntamente com ex-colegas do curso, Diego participou de um coletivo que trabalhava de forma independente na realização de curtas e demais obras audiovisuais. “Acredito que no momento que você domina algo, tens total autonomia para trabalhar naquilo. Tivemos autonomia para fazer os vídeos que julgávamos bons, pois tínhamos esse domínio”, apontou.

Dos tempos de CRAV, ele lembra com afeto as aulas do professor Giba Assis Brasil, onde começou a ter um pensamento mais autônomo sobre Cinema. “Ele foi importante para o início da minha formação, estimulou meu pensamento crítico”, elogiou. As obras de cineastas como o russo Andrei Tarkovski também tiveram grande influência na sua formação. “Não são filmes fáceis de assistir, do ponto de vista da recepção, o que incomoda um pouco. Mas as produções do Tarkovski me inspiram demais”, comentou.

Foto: Cassiano Cardoso

Diego orgulha-se da opção pela segunda graduação, dessa vez em Filosofia. “Ao contrário do Cinema, Filosofia é um curso mais teórico. Ali, tentamos pensar a realidade de um jeito mais coerente e bem articulado. É uma área que tem muito a contribuir, e a oportunidade de fazer outra graduação é muito gratificante para mim”, declarou.

Atualmente, Diego trabalha como no Laboratório de Pesquisa Avançada em Comunicação e Informação (Labtics) da Unisinos. “Gosto do que faço. Posso conciliar o que aprendi no CRAV e também estar presente na vida dos alunos que passam por aqui”, ponderou.

Ele ainda aconselhou estudantes que almejam uma carreira profissional estável. “É preciso ter tesão pelo que se faz e não pensar somente em sucesso e dinheiro. É preciso fazer algo que você goste, ache útil e te faça feliz. Para mim, literatura, arte, filosofia me inspiram”, ressaltou.

Pingue-pongue

Um professor inesquecível: Fatimarlei Lunardelli

Uma vez matei aula para… Ir ao cinema

Um amigo de infância que fiz durante a faculdade: Alex Salvi

Um livro marcante: Crime e Castigo, do Fiódor Dostoiévski

Meu lugar favorito na Unisinos: Biblioteca

Um profissional na área que foi referência para mim: Giba Assis Brasil

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