#audiovisual #realidade virtual
Realidade virtual é o futuro do conteúdo audiovisual
"Profissionais vêem um futuro promissor na realidade aumentada"
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Foto: Willian Alves

A realidade virtual é uma ferramenta usada em diversas áreas, desde os games até a produção de conteúdo audiovisual. Só o New York Times distribuiu em 2015 um milhão de óculos de realidade aumentada aos seus assinantes e lançou o projeto “The Displaced” (Os Deslocados), o primeiro em realidade virtual da empresa.

A experiência proporciona aos espectadores estar no lugar de três crianças refugiadas, presenciando a crise dos refugiados que acontece no mundo todo no lugar destas crianças.

“A realidade virtual veio para ficar, ela vai transformar a forma que se conta histórias e como se faz jornalismo audiovisual”, explica o cineasta Tadeu Jungle, diretor do documentário “Rio de Lama”. O projeto de Jungle conta a história de pessoas que moravam em Bento Rodrigues, o lugar mais atingido pelo desastre de Mariana, que aconteceu em 2015 no Brasil.

Para o cineasta, um dos principais motivos da realidade virtual ser parte do futuro da comunicação é a empatia. “É possível fazer uma pessoa viver qualquer coisa na pele de outra com RV”, conta o profissional.

Produção é um desafio na RV

O especialista em Tecnologias Multimídia e Streaming da RBS, Sílvio Alves, vê um futuro próspero para a plataforma no Jornalismo. No entanto, o profissional destaca algumas dificuldades para quem produz estas experiências atualmente. “A narrativa deve explorar o máximo possível que uma realidade aumentada pode proporcionar”, explica.

A produção de conteúdos em realidade aumentada acontece de forma remota, por isso se torna muito mais trabalhosa, de acordo com Alves. “Como é um filme em 360º, a equipe que normalmente fica atrás das câmeras deve ficar em um lugar remoto. Isso ainda é uma questão delicada para direção e equipe”, analisa.

Da mesma maneira, a pós-produção é uma questão a ser estudada em realidade virtual. Os conteúdos devem ser pensados para o uso em 360°, já que o que antes era visto em planos e som, hoje é uma esfera, que proporciona muitas possibilidades. “Este espectador é autônomo. O diretor pode querer que ele olhe para uma cena, mas ele tem independência de olhar para onde quiser”, completa.

Por enquanto, Sílvio vê a tecnologia sendo consumida como uma novidade e por curiosidade pelo público. “Ela não é uma tecnologia nova, mas é vista como inovação neste momento”, afirma.

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