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Design Thinking repensa e inova processos
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Inovar e encontrar soluções mais humanas no ambiente de trabalho são pontos que os profissionais buscam cada vez mais nas empresas. O Design Thinking é utilizado justamente para repensar problemas de uma forma mais humana em diversos setores.

De acordo com a designer de produto, especializada em design emocional, Beatriz Russo, o método se aplica à qualquer área, já que a intenção é repensar processos ou estratégias. “O segredo do DT é a empatia, você se coloca no lugar do público e pensa soluções a partir deles”, explica.

A primeira dica que a profissional dá é estudar o método e experimentá-lo na prática. “Para utilizar o Design Thinking é necessário pensar e agir de uma forma diferente”, declara Beatriz. Por isso, cursos e apostilas sobre o assunto podem ajudar.

O livro Design Thinking: Inovação em Negócios, obra da qual Beatriz é uma das autoras, é referência no Brasil sobre o tema. Na publicação são pontuadas algumas etapas para implementação do método: imersão, análise, ideação e prototipação.

Etapas do Design Thinking

A primeira etapa começa pela pesquisa aprofundada do tema, chamada de imersão. O professor do programa de Pós-Graduação em Design da Unisinos, Gustavo Severo de Borba, explica que este primeiro momento é para identificar o problema e compreendê-lo. “Nós falamos que este passo serve para parar de ver o problema em uma lupa e observá-lo de helicóptero”, reflete.

A imersão preliminar, como é chamada no livro, define a finalidade do projeto e identifica o público para o qual será voltada a proposta. Ao invés de pesquisas de mercado, Borba afirma ser mais interessante utilizar outras plataformas para entender o público, tornando mais humana a apuração. “Neste estágio, é necessário entender os hábitos do público, mapear os costumes e ações que estas pessoas vivem e fazem”, aconselha. Um exemplo seria entrevistar as pessoas e conhecê-las mais profundamente.

O momento de análise dos dados coletados acontece de forma paralela enquanto a imersão no tema é realizada. Após entender o problema e o público, o próximo passo é discutir cada uma das informações levantadas. Esta etapa é chamada de ideação. “Equipes multidisciplinares atuam neste processo, assim vários olhares se voltam para o mesmo assunto”, explica Borba. Estes profissionais participam de brainstorms e discussões para buscar soluções mais humanas para o problema.

Enfim, chega a fase de prototipação, que é o momento de validar as ideias geradas. Este passo pode ser realizado ao longo de todo o processo, apesar de ser apresentado como uma etapa final do projeto. Borba ressalta que, após decidir a proposta, é necessário testar a ideia e ir aperfeiçoando este esboço. “Caso algo não esteja dando certo no projeto, reformule e teste novamente”, aconselha. Assim, a melhor solução para o problema da empresa pode ser desenvolvida.

Quando se fala em ser ‘mais humano’, Beatriz vê este processo sendo idealizado para pessoas e não clientes. “Um dos principais problemas quando se pensa em soluções é não entender o quê o público precisa. Por isso falamos tanto em empatia no Design Thinking”, explica.

A designer acredita que o maior erro dos profissionais que começam a utilizar o DT é pensar que este é só mais um processo. “Na verdade é uma mudança emocional, pessoal e profissional dentro da empresa”, afirma. Por isso, as equipes devem saber que a mudança pode acontecer de forma gradual, alterando formas de pensar as estratégias e engajando grupos multidisciplinares, por exemplo.

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