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Estudantes de Jornalismo da Unisinos fazem programa ao vivo sobre a indústria gaúcha
"Produzida e apresentada na atividade de Beta Economia, live reuniu representantes da indústria e dos trabalhadores para discutir a economia do Rio Grande do Sul"
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Por Gustavo Machado / Beta Economia – especial para o Mescla

A transmissão ocorreu na quarta-feira (29), pelo canal da Beta Economia no YouTube, e teve o envolvimento de todos os estudantes da atividade. Os alunos se dividiram em grupos: redatores, produtores, social media e apresentadores.


Cheio de surpresas, o evento teve início às 20h no Labtics, na Unisinos São Leopoldo. A começar com a escalação de última hora de Lisandra Steffen e Gustavo Machado, que, juntamente com Lohana Souza, apresentaram o programa. Ambos substituíram duas colegas que não puderam comparecer. “Foi uma experiência interessante. Acho que a gente viveu um pouquinho do que é trabalhar com o ao vivo. Estar preparado e, ao mesmo tempo, ter que tomar decisões, na hora, que mudam o rumo da produção. No fim do dia, foi ótimo ter essa experiência para agregar meu crescimento profissional e acadêmico”, declarou Lisandra.


O programa contou com entrevistados que representavam interesses e posições bastante diversas, como Giovanni Baggio, economista-chefe da Fiergs (Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul), Lírio Segalla, presidente da FTMRS (Federação dos Trabalhadores Metalúrgicos do Rio Grande do Sul) e Rogério Bértoli, vice-presidente e diretor de comunicação do Sivergs (Sindicato das Indústrias do Vestuário do Estado do Rio Grande do Sul). Participaria também o professor de economia da UFRGS Eugênio Lagemann, mas, por problemas técnicos, ele não pode ser entrevistado.

Bastidores da transmissão (Imagem: Milla Lima)



O objetivo do programa foi discutir com os especialistas os caminhos do desenvolvimento da indústria gaúcha levando em conta os cenários interno e externo, como o conflito entre Rússia e Ucrânia no leste europeu.

Giovanni Baggio, em fala durante o painel (Imagem: Milla Lima)



O economista Giovanni Baggio iniciou respondendo sobre a razão pela qual a indústria registrou queda de 4,4% no seu desempenho em 2022. Segundo o especialista, um dos fatores para esse dado negativo é que, durante o período da pandemia de Covid-19, com todas as restrições impostas, a população consumiu mais serviços do que produtos, o que gerou queda na produção industrial. “Em fevereiro deste ano, completamos seis meses sem crescimento da indústria”, acrescentou o representante da Fiergs.


A geração de emprego e renda da indústria também esteve em pauta. Lírio Segalla teceu duras críticas à reforma da Previdência Social, que classificou como “o maior crime cometido aos trabalhadores depois da escravidão”. Conforme o presidente da FTMRS, a reforma trabalhista não foi construída pela classe dos trabalhadores, e, sim, imposta, apesar dele entender que faz parte do processo.


Por fim, Rogério Bértoli falou sobre a recuperação da indústria têxtil e o provável crescimento de 5% previsto para 2023 em âmbito nacional. Para o vice-presidente da Sivergs, o setor tem mantido um equilíbrio e ajudado fortemente o controle inflacionário do país. “A indústria têxtil vem conseguindo uma recuperação mais significativa e valores de produção acima ao do vestuário”, colocou.


O painel pode ser conferido na íntegra no canal da Beta Redação no YouTube.

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