Deu certo

#spotify #cultura pop #Podcast
Era uma vez um jornalista, um psicólogo e um cientista da computação que gostavam de blues e podcast…
"Conheça o Blues do Fim dos Tempos, apresentado por LS, Tobi e Tôca, que fizeram da pandemia uma oportunidade para tirar do papel antigos projetos"
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Blues do Fim do Tempos, esse é o projeto de podcast que nasceu da amizade de um jornalista, um psicólogo e um cientista da computação. Com esse nome bem propício para o momento em que vivemos, Lucas Schwantes (LS), 29, Tobias Linden (Tobi), 30, e Thiago (Tôca) Santos, 34, aproveitaram a quarentena para tirar do papel essa ideia que compartilhavam há muito tempo, criando assim o BFT, como é carinhosamente chamado. Com muito bom humor eles abordam da cultura pop à culinária. Cada um em um estado diferente, LS de Florianópolis (SC), Tobi de Novo Hamburgo (RS) e Tôca de São Paulo (SP).

Mas Segundo eles, com o tempo o programa foi ganhando certo direcionamento. O podcast é dividido em três momentos, e cada um deles é comandado por um integrante. O jornalista LS é o âncora geral; Tobi fica com a pergunta do ouvinte, onde todos respondem às perguntas (das mais diversas) que recebem nas redes sociais. Já o psicólogo Tôca, ou o Guru Misterioso,  como foi apelidado por um ouvinte, fica a cargo do momento existencial, onde ele faz com que os outros tenham sempre que fazer uma escolha muito difícil para levar para o resto da vida. 

O processo de criação

Toda terça e quinta tem episódio novo do Blues do Fim dos Tempos, trazendo assuntos variados, mas com o mesmo bom humor de sempre (Foto: Arquivo BFT)

LS que trabalha em uma agência de publicidade, é o único que já tinha alguma experiência, pois em seu trabalho desenvolve outros projetos de podcast. Ele ainda lembra que o primeiro que participou, ainda como estudante de jornalismo na ULBRA, é de 2010,  e foi gravado nos estúdios da Unisinos. E assim, no amadorismo mesmo, gravaram o primeiro episódio que… não foi ao ar. Apesar da primeira tentativa falha, seguiram com o plano e no dia 18 de maio, lançaram o primeiro ep oficial titulado A Primeira Dança, onde falaram sobre séries, lives e Michael Jordan. “Cada um de nós trouxe um assunto que rendeu, sempre focado nas questões da rotina, do dia a dia, vivências nossas, aquilo que a gente gosta de fazer, assistir e ouvir”, lembra Tobi.

Eles comentam que para escolher as pautas levam ao grupo do whatsapp os assuntos que viram durante a semana, e juntos decidem sobre o que falar. Comentam ainda que não seguem nenhum tipo de roteiro, e que se guiam muito pelo tempo, a média é de 50min para cada cada episódio, “Deixamos a conversa solta rolando e não editamos praticamente nada”, observa LS. Apesar de ser um programa bastante livre, eles dizem que não é desorganizado, e buscam sempre diversificar para não engessar. Tanto é que a partir do episódio 9 começaram a trazer convidados ao podcast. “Já temos muitas entrevistas legais marcadas, que assim como a interação da galera, a gente não esperava que ia fazer entrevistas tão legais, tão rápido”, comenta o jornalista.

Apesar da baixa expectativa sobre o potencial de audiência, para o episódio 17, com uma média de mais ou menos 100 pessoas diferentes em cada episódio. Segundo Tôca, pessoas que eles nem imaginavam que pudessem ouvir o BFT vem falar com eles sobre o podcast. Eles sempre pedem o feedback dos ouvintes para saber onde melhorar, mas afirmam que a ideia é manter a essência do início de tudo, três amigos falando sobre suas rotinas. “Essa troca, para não ser simplesmente um ouvir por ouvir e não causar nada, esse é um cuidado que a gente tem, gerar algum tipo de conteúdo”, destaca o psicólogo Thiago. 

Mesmo com anos de amizade, eles dizem estar descobrindo coisas novas sobre os outros em cada episódio. Buscam manter uma continuidade, criando aproximação com o ouvinte através de piadas internas que vão se criando a cada semana, como o fã clube de Charlie Brown JR, ou então já deixando marcado episódios futuros, onde devem fazer coisas específicas. No episódio 134, por exemplo, esperam que a pandemia já tenha acabado para que possam tocar o Blues juntos também de forma física. 

São dois episódios por semana, lançados, toda terça e quinta. Eles estão sendo gravados pela plataforma Zencastr, que foi disponibilizada gratuitamente durante a pandemia (#ficaadica). Você pode ouvir o Blues do Fim dos Tempos no Spotify e no Apple Podcasts. Para conhecer um pouco mais sobre esse projeto do LS, Tobi e Tôca, ouça na íntegra o meu bate-papo com eles.

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