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Espaço Maker é o novo instrumento de aprendizagem do Colégio Anchieta
"Saiba mais sobre o novo espaço dedicado a ferramentas makers, projetado com ajuda do FabLab da Unisinos que explora a capacidade cognitiva de alunos e professores"
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Previsto para ser inaugurado em agosto, o Espaço Maker pretende ser um local físico de ensino-aprendizagem para a experimentação coletiva. A ideia é que alunos e professores do Colégio Anchieta possam “colocar a mão na massa”, como diz Joelene de Oliveira, coordenadora de Midiaeducação da instituição porto-alegrense.

O processo de construção e implementação do projeto foi acompanhado e orientado pela equipe do FabLab Unisinos – laboratório de fabricação digital vinculado à rede mundial Fab Lab –, que ministrou uma série de oficinas aos educadores do Anchieta sobre a “cultura maker”. Os professores André Canal Marques, Maria do Carmo Dischinger e Giulio Palmitessa, da Unisinos, e Karen Borges, do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS), foram os responsáveis por apresentar aos 30 educadores do Anchieta novas ferramentas de aprendizagem durante os meses de junho e julho. 

Foram cinco oficinas sobre temas como “introdução à cultura maker”, “técnicas manuais”, “corte a laser e vaccumforming”, “sala de aula maker” e “impressão 3D”. Tudo isso faz parte da fase três do processo de criação do Espaço Maker, que também contou com a preparação do ambiente e aquisição de recursos físicos, como a impressora 3D. Para André Marques, coordenador do curso de Design de Produto, a ideia é que ocorram outras oficinas futuramente, conforme a demanda dos educadores. “O Espaço Maker é um local em que você pode trabalhar com vários temas, como as questões de organização, colaboração, criatividade e muitas outras habilidades que um profissional precisa ter de forma genérica”, diz. 

A impressora 3D está entre às primeiras demandas do Espaço Maker, mas outros recursos mais sofisticados serão acrescentados com o tempo. (Vídeo: FabLab Unisinos)

Joelene Oliveira acredita que o Espaço Maker é um convite ao protagonismo de novas ideias e criações que permitem o desenvolvimento de competências como criatividade, autonomia e empatia. “O Colégio Anchieta já desenvolveu, em seu currículo, algumas disciplinas que oferecem aos alunos inúmeras possibilidades de prototipar. A proposta deste espaço de “educação mão na massa” é de que o aluno possa explorar o que existe para além da sala de aula, realizar experiências e fazer coisas no mundo real”, explica a coordenadora. 

Giulio Palmitessa, professor de Design de Produto da Unisinos, conta que a cultura maker tem se desenvolvido desde 2012. Em Porto Alegre, a criação do FabLab Unisinos surgiu de uma necessidade de aproximar essa cultura da Universidade e levá-la à comunidade. Já foram realizados outros cursos de extensão organizados pelo FabLab Unisinos para o Colégio Anchieta. “Nossa ideia é trazer formação para aqueles que são parceiros da Unisinos, além de projetos de cunho social ou de expansão da importância do ensino para a sociedade, como o TEDx”, afirma. 

André Marques conta que a ideia é usar o ambiente para se pensar não só no design, mas em todas as áreas do conhecimento. “Um professor de biologia pode imprimir a cadeia do DNA, por exemplo, tendo em mãos algo em 3D para cativar o aluno”, exemplifica. Outro fator positivo é a praticidade com que os alunos terão acesso a ferramentas de prototipagem, fazendo com que seja possível a criação de novos sentidos para o ensino, como é o fenômeno da sala de aula invertida. Nesse formato, alunos estudam o conteúdo curricular em casa e tiram suas dúvidas na escola, proporcionando, assim, aulas menos expositivas e mais participativas.

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