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IBGE e Afonte: um sábado de cultura hacker na Maratona de Dados
"Taís Seibt e Krishna Predebon fazem um feedback do evento e comentam sobre a importância da disseminação de dados"
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Eram 7h40 de sábado, o dia recém havia clareado, e um grupo de entusiastas se reunia no Campus Unisinos Porto Alegre para o evento que começaria em 20min. Tratava-se da Maratona de Dados, uma iniciativa da universidade em colaboração com Afonte Jornalismo de Dados – projeto da jornalista Taís Seibt, que também é professora na Unisinos.

Confira a cobertura em vídeo!

A maratona reuniu cerca de 30 participantes, a maioria era formada por jornalistas (estudantes e profissionais). Além deles, tinha representantes dos cursos de Estatística, Administração, Física, Direito e Análise de Sistemas. Ao longo do dia, todos os integrantes foram acompanhados por cerca de 10 mentores – que lá estavam para auxiliar com quaisquer dúvidas.

Ao longo do dia, mais mentores se reuniram para auxiliar os participantes / Foto: Gabriel A. Ost

Pela manhã, os participantes assistiram a duas palestras: uma delas, da jornalista Marília Gehrke, que abordou temas preciosos ao jornalismo, como fonte, hipótese e a apuração de dados. A outra, feita pelo coordenador dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável 6 – ligados à água e saneamento – no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Bruno Perez. Ele foi encarregado de mostrar a plataforma ODS Brasil aos participantes e como localizar os bancos de dados lá armazenados.

Os resultados

À tarde, os integrantes divididos em três grupos apresentaram as propostas de visualização de dados. O objetivo dessas propostas é “ampliar o conhecimento e construir novos significados em torno do tema (água e saneamento)”, como diz o site do evento. Taís faz uma análise positiva do Hackathon. Para ela, a banca formada por 10 avaliadores destacou a importância de as equipes terem somado diferentes aptidões e cursos na busca por resultados.

“Isso reforça o propósito do evento, que era somar e compartilhar conhecimentos de diferentes áreas para trabalhar com os dados. E isso está super alinhado com as tendências do mercado de transformação digital, o que também foi destacado pelos convidados. No ramo da inovação, formar times para desenvolver projetos é a dinâmica corrente. Portanto é muito bom, e muito raro, conseguir promover uma experiência como essa dentro do ambiente universitário”, Taís Seibt, professora da Unisinos e idealizadora da Afonte.

Maratonistas na tarde de sábado (8) / Foto: Gabriel A. Ost

IBGE: um participante de décadas

Krishna Predebon, técnica em informações geográficas e estatísticas do IBGE no Rio Grande do Sul, relata que o Instituto tem uma preocupação constante com a disseminação de dados. Essa inquietação, segundo ela, “é uma preocupação do IBGE desde que ele surgiu”.  

Esse posicionamento faz parte dos dez princípios que orientam a produção de estatísticas oficiais (são regras do próprio IBGE e que devem ser seguidas por todos que nele trabalham). Entre os princípios, estão a igualdade de acesso e divulgação de dados. Essa necessidade de circulação de dados também foi motivador para a criação do IBGE – Educa, portal voltado para a educação de crianças, jovens e professores.

Para Krishna, todas essas medidas são “iniciativas para formar consumidores de dados”. Ela também brinca com o fato de que muitas pessoas não sabem que é função dos agentes do Instituto auxiliar no acesso à informação: “As pessoas ligam para agradecer (quando recebem alguma informação), como se nós estivéssemos fazendo algo fora da nossa função”.

Um vislumbre do evento

Não participou da maratona, mas ficou curioso? Não tem problema. Lá no Instagram no Portal Mescla, tem a cobertura por stories completa. É só conferir nos Destaques pela hashtag #maratonadedados.  

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