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Revista Primeira Impressão completa 50 edições
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As páginas da última edição da revista Primeira Impressão mergulharam na história. Para comemorar a 50ª edição do material produzido no curso de Jornalismo da Unisinos campus São Leopoldo, os estudantes foram desafiados a recontar narrativas marcantes já publicadas nos 25 anos de trajetória. 

Após algumas dificuldades ao longo do percurso, a PI, como é conhecida, ficou pronta e já está circulando pela comunidade acadêmica. O lançamento da edição histórica ocorreu na noite da última segunda-feira (10), no saguão da Biblioteca da universidade. Repórteres, fotógrafos, professores e entrevistados participaram da celebração. 

Edição 50 da Revista PI já circula na comunidade acadêmica / Foto: Lucas Alves

A Primeira Impressão, principal material impresso produzido pelos estudantes de Jornalismo da Unisinos, destaca-se pelas reportagens interpretativas e com aprofundamento, textos narrativos e fotos de alta qualidade. Desta vez, foram resgatados 12 textos que fazem parte da história do produto. O trabalho final dos acadêmicos, assim como as pesquisas realizadas, foi elogiado pelo coordenador do curso, MS. Edelberto Behs. “Achei interessante a maneira que vocês encontraram para celebrar essas 50 edições. Encontrei temas bastante profundos”, parabenizou Behs.  

Trazendo histórias narradas dentro 54 páginas que compõe a PI de dezembro, o professor também associou eventos que estão acontecendo pelo mundo durante seu discurso. Temáticas como religião, internet, vida noturna, feminismo, suicídio, nudismo, entre outras foram abordadas. 

Professores celebram o lançamento da edição 50 / Foto: Gabriel Ost

Prestigiados e emocionados, personagens das narrativas também marcaram presença na celebração de lançamento da Primeira Impressão. A história de Ana Cristina Del Grande da Silva e Luiz Eduardo Guaraldo, contada pela primeira vez na 9ª edição da revista – em 1998 – foi relembrada pela repórter Maria Carolina de Melo. “Internet une corações apaixonados” ganhou o destaque de capa desta PI. O casal, que se conheceu pela rede pode viajar pelo tempo e relembrar tudo que aconteceu nesses anos. “É muito legal isso de voltar no tempo e ir lembrando tudo que a gente viveu. Nos conhecemos pela internet em 1996. Hoje temos um filho de 18 anos. Rever isso é fantástico!”, sorri Luiz, que admirado elogia as fotos registradas através dos olhares de Gabriel Palma. O casal também fala sobre a internet nos dias de hoje. Confira no áudio a seguir.

Maria Carolina revela que escolheu essa reportagem por se identificar com a temática que envolve amor e comunicação. A repórter aproveitou o espaço que teve para contar mais sobre a vida do casal. A principal dificuldade foi localizar Ana e Luiz. ”O linkedin foi a minha última alternativa. Encontrei ele no facebook e mandei mensagem pelo Messenger, mas tem aquele esquema que não recebe se não for amigo. Vi que ele tinha um blog e o encontrei pelo linkedin”, revela. 

Ana e Luiz ficaram felizes ao relembrarem momentos / Foto: Gabriel Ost

As narrativas aprofundadas também permitem momentos de emoção. A reportagem “Portas abertas para a vida”, assinada pela repórter Jéssica Santos e ilustrada pela fotógrafa Eduarda Rocha provocou esse sentimento nos entrevistados. A história de Machado, contada em 2013 na Primeira Impressão, foi resgatada. O personagem trabalha há 67 anos como chaveiro, em Porto Alegre. A partir desse esforço, conseguiu formar uma filha, em Pedagogia, e um neto, em Direito. Por motivos de saúde, Machado não pode participar do lançamento da revista. Porém, foi representado por Lôide Helena Machado (filha) e José Miranda Souza (neto) – retratados na matéria. 

Não conseguindo segurar a emoção, dona Lôide ficou feliz em saber que aquela história serviu de inspiração para a edição histórica da Primeira Impressão. “Ficou muito lindo, eu amei. O pai ficou muito bem representado nas linhas”, admira. Orgulhoso do avô, Pedro conta que escolheu a profissão de advogado por ter trabalhado com ele. “A Andrade Neves é uma das ruas da Capital que têm mais advogados e eu sempre achei muito legal o que eles contavam da profissão e sobre os conhecimentos que tinham das leis. Muito de eu ter escolhido o direito foi em função de ter trabalhado lá”, lembra. 

Lôide e Pedro ficaram emocionados lendo a reportagem / Foto: Gabriel Ost

valor do material impresso 

Orgulhosos, professores e coordenação destacaram a importância e o valor de produzir um material impresso em plena era digital.  Conforme Edelberto Behs, as revoluções tecnológicas junto com o avanço das redes sociais mudaram a forma das pessoas se comunicarem e se informarem. “Acho interessante a gente continuar com esse foco na revista física e também nos demais materiais produzidos na universidade, pois é produzindo que a gente aprende”, justifica. A possibilidade de errar e poder corrigir também foi destacada pela professora Anelise Zanoni e pelo professor Flávio Dutra. 

Flávio, editor de fotografia da Primeira Impressão, diz que os conhecimentos adquiridos pelos alunos ao longo do curso de Jornalismo facilitam na hora do resultado final. As fotografias que emocionaram dona Lôide e o neto Pedro deixaram Flávio orgulhoso. “A Primeira Impressão já trabalhou com fotógrafos que hoje estão em veículos regionais e nacionais. O principal desafio de cada semestre é manter o alto nível da revista. O material, mais tarde, pode ser um ótimo portfólio para cada estudante”, completa o professor. 

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