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Iphan reconhece literatura de cordel como Patrimônio Cultural Brasileiro
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A literatura de cordel foi reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro. O título foi concedido por unanimidade pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em reunião com o Ministério da Cultura e a Academia Brasileira de Letras no dia 19 de setembro, no Rio de Janeiro. “Poetas, declamadores, editores, ilustradores (desenhistas, artistas plásticos, xilogravadores) e folheteiros (como são conhecidos os vendedores de livros) já podem comemorar, pois agora a literatura de cordel é Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro”, publicou o instituto.

O cordel não é uma invenção brasileira. Trata-se de um gênero medieval português que surgiu entre os séculos XVI e XVII. Acredita-se que foi nessa época que o estilo tenha chegado ao Brasil. A literatura de cordel é apresentada por meio de folhetos que ficam pendurados em cordas, daí sua nomenclatura. A capa traz desenhos em xilogravuras (técnica de desenho em madeira para reprodução de imagens). A escrita de sete sílabas, sempre em formato de rimas, é outra característica dos folhetins. Dessa forma, a oralidade também se torna uma marca forte do gênero.

Foto: Divulgação / Iphan

Mesmo sendo uma invenção portuguesa, a literatura de cordel atingiu seu auge no Brasil. O estilo é mais comum na região Nordeste do país. Porém, por conta da diáspora nordestina, a cultura se espalha para outras regiões. “Não apenas pela valorização de alguma coisa que esteja no passado, mas pela valorização artística que continua sendo atual. O Iphan faz esse merecido reconhecimento como cultura em material”, comentou a professora Eliana Inge Pritsch, dos cursos de Letras e Realização Audiovisual da Unisinos. Eliana também espera que um dia a Unesco reconheça a literatura de cordel como patrimônio da humanidade.

Confira aqui a entrevista de Eliana Pritsch à rádio Unisinos FM, realizada no dia 28 de setembro.

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