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Para repensar a Educação
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Texto: Eduarda Bitencourt e Giulia Godoy
Movidos por uma insatisfação com as práticas de educação tradicionais, Camila Alexandrini, Mariana Aydos e Tiago Martins de Morais se uniram para criar o Fora da Asa. Definidos como professores, inquietos e insatisfeitos, o trio viveu “uma crise compartilhada” sobre a educação. “A gente quer dar uma contribuição para essa insatisfação que move os professores e todos os envolvidos na escola. Esse movimento se coloca tanto numa prática reflexiva quanto numa prática operacional”, explica Camila.  

A contribuição pode ser vista no último sábado (7/4) durante a Virada Sustentável, que ocorreu na Casa de Cultura Mário Quintana. Transformando o auditório Luís Cosme em uma grande sala de aula onde todos contribuíam igualmente, o Fora da Asa propôs repensar a forma de trabalhar com a educação.  Pedindo que se pensasse sobre a relação entre escola e as palavras “disciplina, controle, corpo, conteúdo, emoção e vida”, o debate se iniciou. 

Foto: Natan Cauduro

Professores dos mais variados níveis de escolaridade apresentaram vivências de sala de aula. A questão do controle e do corpo foram destaque na conversa. Diversos relatos apresentaram que muitas vezes não se percebe que o corpo está interligado com todo o processo de aprendizagem. Criando uma educação mais humana e mais contato com o ambiente, os educandos serão mais intuitivos e entenderão melhor a sua presença no espaço educacional. “Estamos aqui, no momento presente, e ao se colocar nesse espaço, a gente pode experimentar esse espaço de maneiras diferentes e se relacionar com ele de maneiras diferentes”, ressalta Camila.  

Como enfrentar os problemas? 

Durante a segunda palestra realizada pelo grupo Fora da Asa na Virada Sustentável, os espectadores puderam participar de uma dinâmica um pouco diferente para debater design thinking para uma educação saudável. Logo nos primeiros minutos, foi proposto que eles resolvessem um problema. Os palestrantes Tiago Martins de Morais e Camila Alexandrini estavam deitados no chão do auditório, e o público tinha que encontrar uma solução. 

Uma das principais propostas do debate foi a maneira como lidamos com situações problemáticas, erros e falhas, e como é necessário perceber o real sentido dela. De acordo com mais uma das idealizadoras do projeto e mediadora do debate, professora Mariana Aydos, resolver o problema é a parte mais fácil. “A gente é treinado para buscar soluções, a gente cria soluções, mas qual é a real questão?” 

Para entender como encontrar o real sentido do problema, é necessário entender a metodologia do design thinking. “Quando se recebe uma informação, é necessário primeiro divergir o pensamento sobre ela. Antes de chegar em uma questão e resolver ela, a gente tem que abrir a nossa cabeça para mais possibilidades” conclui a professora Mariana.  

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